quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eixo 2

Foto:alunos-artistas do pré-escolar 2A-2010, Big-Bem-me-Quer em processo de criação


SEMINÁRIO INTEGRADOR 2

Outras propostas de atividades foram realizadas ali:

Paródia e Texto Formiga

A atividade da paródia foi uma aula bem gostosa que tivemos a oportunidade de nos juntar em grupos e descrever nossas angústias sobre o andamento do curso, destacamos em especial as dificuldades vividas nesses primórdios da graduação, nas quetões que envolviam as ferramentas das tecnologias.

Relendo a “paródia” escrita, sobre a letra da música “Eu não existo longe de você"
Adriana Calcanhoto, penso que tivemos muito senso de humor e pudemos dar boas risadas dessas angústias que tanto nos atormentavam! E as dificuldades ao longo do caminho estavam somente no começo. Mas conseguimos imprimir nossa veia cômica no assunto, desanuviando, ou pelo menos escrachando nossas tantas dúvidas de acertar nesse mundo virtual em que nos engendramos.

Trazendo essa reflexão para a caminhada do curso e para minha prática profissional, penso que possibilitou-me entender que nem tudo deve ser levado tão a sério, o tempo todo. Por vezes, se dermos um tom mais cômico para as tantas dificuldades que encontramos ao longo do caminho poderemos resolver as coisas com menos sofrimento. Relaxando um pouco a guarda e adentrando menos nos percalços que encontramos diariamente em nossa vida profissional, poderemos dar umas boas risadas e daí tirar lições para rrever/refletir/refazer nosso trabalho.

O texto Formiga, proposto pelo professor Antônio foi mais um bom momento, pois a reconstrução do texto oral, trazido na memória do que lemos e depois de lido percorrer um espaço de tempo, caminhando até chegar a redigir novamente, tem suas dificuldades. Pode se perder alguma coisa importante no caminho, podemos agregar algo nosso ao texto, algo mais pessoal e que ali não estava escrito, mas que faz parte do nosso pensar. Ou então podemos acrescentar além do que lemos, e que então justifica essa nova redação que damos ao texto lido, pronto, dado e acabado, acrescido do nosso ponto de vista.

Essa atividade hoje revisitada me trouxe essas reflexões: nada pode ser considerado dado e acabado, tudo pode ser refeito, reescrito e revisto. Podemos agregar nosso pensamento ao texto dado, e podemos permitir ao nosso aluno dar a sua redação.

Como exemplo me permito trazer as releituras das obras de arte que muito trabalho em minhas turmas, durante todo o ano: os alunos e eu conversamos sobre o artista que pintou, desenhou, criou o trabalho; reparamos nas representações ali descritas e contextualizamos com nosso local, com nossa vida, com a nossa representação. Os alunos então fazem um desenho a partir daqueles que vimos e conversamos, geralmente trazendo à compreensão da nossa realidade. Cito como exemplo Van Gogh, artista que geralmente é trabalhado nos primeiros anos, com as obras “Os Girassóis, Quarto de Van Gogh e Pescando na Primavera”. Essas obras foram trabalhadas assim: para “os Girassóis” após lermos e conversar sobre o artista e a obra, conversamos das flores da nossa Cidade e fomos ver as flores de Bem-Me-Quer que temos na beira-mar: são amarelinhas, com pétalas e cabo verde, parecem girassóis em miniatura. Pronto os alunos desenharam em massinha de modelar uma releitura da obra, que carinhosamente intitulei “Bem-Me-Queres” e os artistas de casa (os pais dos alunos) desenharam as flores de casa, do jardim, da vizinhança ou até cópia de livro.. Está nesse link do blog:
Bem-me-Quer

O quarto de Van Gogh foi um momento também assim, os alunos detalharam o quarto e seu mobiliário. Cada um desenhou seu próprio quarto. E a obra “pescando na Primavera” foi trabalhada em julho, onde contextualizamos a nossa Festa do Pescador e do Papa-Terra, com nossos pescadores e nosso mar; aqui comparamos o “jeito” que o pescador retratado estava trabalhando: sentado num barco, no meio do rio, enquanto nossos pescadores pescam de pé, com redes ou molinetes, no mar.

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