sábado, 11 de setembro de 2010

Eixo 1 -Escola, Cultura e Sociedade

Foto: obra de Bianca Pacheco, artista arroissalense.

Postagens do blog referentes ao mês de outubro-2006, do I Eixo.

As postagens referem-se às interdisciplinas Escola, Cultura e Sociedade (ECS) .

As postagens da ECS tratam de trabalhos exigidos pela disciplina, um questionário a ser respondido sobre o texto “A educação como processo socializador, função homogeneizadora e função diferenciada” onde destaco essa fala:

“Na minha compreensão o texto fala da educação formal, aquela que ocorre na escola, e a educação informal, aquela em que a vida que nós vivemos é que nos ensina”.
Ao rever as perguntas e respostas retirei essa fala dali, por ser a única fala minha, o restante da escrita são as palavras do teórico. E esse escrito me permitiu refletir sobre o que penso ser o fazer da educação hoje: não mais podemos e nem nos é permitido realizar essa dicotomização da educação formal e informal, pois embora a escola – instituição que tem como objetivo formal certificar a conclusão do estudo ali ministrado, não é possível que um educador não traga essa realidade vivenciada pelos alunos para compor a construção do conhecimento que ali vai ser possibilitado a todos os indivíduos que estão nesse processo educacional.

Penso também que o conhecimento científico, elaborado ao longo do tempo por tantos estudiosos é importante que seja dado a conhecer aos alunos, mas devemos sempre contextualizar, confrontar e comparar com a nossa realidade, com o conhecimento que nós mesmos já construímos na nossa realidade, tanto familiar, quanto local, enquanto indivíduos sociais e sujeitos que se completam em suas vivências cotidianas.

Essa fala de Durkheim que trago aqui, retirada do mesmo texto, afirma exatamente o que penso: “deve haver uma observação histórica das gerações passadas, pois todo o passado da humanidade contribuiu para estabelecer os princípios que dirigem a educação hoje, toda a nossa história deixou traços, como também a história dos povos que nos precederam, deixaram”.

Esse pensamento me acompanhou durante toda a minha trajetória enquanto professora, e ficou bem marcado em meu estágio curricular, no tocante ao meu trabalho de resgate da identidade de cada aluno, da turma que estamos inseridos e do lugar a que pertencemos. Todos e cada um de nós têm uma história pessoal, e que a traz à escola, onde juntamos essas vivências que nos possibilitam construir uma identidade de turma, uma identidade da escola.

Enfim, a identidade do nosso pertencimento social é constituída pelas histórias de todos, carregando nessa construção as nossas particularidades e agregando-as ao coletivo.

Stela Maris da Rosa Dias
Em 11/09/2010 às 16.31

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