quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

TCC

Finalizei o TCC e fiz a cópia pdf.

Após duas semanas da banca, refiz o título, acrescentei ao capítulo teórico a autora Magda Soares e conversei sobre letramento na pré-escola.

Não obtive nenhuma resposta da professora sobre o novo título que coloquei, mas a tutora Graciela foi bem gentil, me respondeu os emails que enviei e me auxiliou na reescrita do título.
Foi um momento ímpar esse, pois o primeiro TCC jamais será esquecido!

Aqui, o TCC construído, no final da página a última versão em .doc, clique.

Apesar do extremo cansaço, estou realizada com esse meu primeiro escrito, minha autoria, minha fala do meu trabalho, que penso será lida por alguém além de mim e das professoras da família.

Stela, em 16.12.10
Às 23 h

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

TCC- Eixo 9

Eixo 9

O eixo 9 foi dedicado a construção do TCC e muito exigiu de tempo: tempo para rever e refletir todas as aprendizagens que construí ao longo do Curso; tempo para leituras que se fizeram importantes e necessárias a uma boa escrita do trabalho e tempo de refletir toda a minha prática de trabalho nesse tempo que já trabalho, pois não foi só do meu estágio curricular que construí a escrita para esse trabalho de conclusão.

Rever toda a caminhada me trouxe muitas lembranças, saudades, emoções.

Em alguns tantos momentos me angustie, ao pensar em não dar conta de realizar a última tarefa, e por isso a mais importante nessa etapa da caminhada. Como sempre, durante todo o curso, tive muitos empecilhos na jornada.

Em outros momentos tive muitas alegrias, pois o tema que elegi, o ensino de História na Educação Infantil, é um tema que trabalho muito, durante todo o ano. Pois meu trabalho é com os pequenos, e o resgate da história de cada um e de todos eles, dentro do nosso local de pertencimento é uma constante quase diária: realizamos atividade de conhecer sua história e fazemos a história da turma a cada ano que iniciamos.
E isso me deixa mais feliz ainda hoje, após a apresentação do TCC à banca, que elogiou meu trabalho e que me apontou pontos a articular dentro da construção do capítulo teórico, onde enfatizei um autor e suas ideias sobre a linguagem, que é fator marcante na educação infantil. Refletindo um ou dois dias após, entendi e me veio claramente à ideia de que esqueci que nessa etapa escolar, o nível da pré-escola, a linguagem é importante sim, a oralidade então, é o nosso “prato de entrada” mas que o letramento deve ser o ponto principal, e isso esqueci de especificar nesse capítulo. Então retomei as leituras do referido capítulo e busquei Magda Soares para conversar um pouquinho comigo ali.

Penso que melhorei bastante essa questão, visto que o letramento e a alfabetização estão inseridos nesse etapa final da educação infantil já quase chegando ao ensino fundamental.
Muito bom ter revisto essa parte, pois ficou por mim despercebido e só pode ser construída no momento em que a banca me pediu que revisse o autor, nesse capítulo teórico.
Ainda tenho dificuldades para dar conta de tempo, mas nessa apresentação consegui fehar no tempo marcado.

Estou bem feliz com minha apresentação e meu crescimento pessoal e profissional que pude perceber através do TCC, nas minha fala dialogada com tantas autores importantes.

Stela em 07.12.2010 às 12.16
Aqui, trago uma postagem que justifica e encerra minhas intenções sobre o TCC.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Eixo 9 -TCC

Nesse eixo, enfim, após quatro longos anos e meio de muito trabalho, concluímos o Curso de Graduação que tanto almejamos, por muito tempo.
Rever e refletir o trabalho já feito, as postagens aqui existentes foi um bom exercício ao final de tudo.
Embora não tendo muito tempo, tive muito prazer em rever toda a minha caminhada, todo o crescimento que percebi ao longo dos estudos realizados.

Algumas interdisicplinas foram marcantes demais, como a dos Estudos Sociais, Artes Plásticas e Questões Étnico-Raciais, pois foram as que mais enriqueceram minha prática em sala de aula, e me exigiram que trabalhasse mais em sala de aula.

Na verdade, todos esses estudos acrescentaram muito em minha vida profissional.
Aprendi que podemos refazer, rever e refletir nosso trabalho sempre, pois isso nos permitirá retomar o que não ficou esclarecido, reaver o que ficou muito bom e querer buscar sempre mais, em favor de nossos alunos, do nosso trabalho e da nossa formação.

Mas que também podemos continuar fazendo mais e melhor um caminho que já trilhamos, ou nos aventurar em algo novo, pois podemos nos possibilitar mais conhecimento, mais aventuras e mais prazer a nós mesmos, enquanto trabalhamos.

Stela 05.12.2010 às 21.21
Quero trazer aqui o registro do último comentário recebido da tutora Rosângela, na última postagem que realizei em junho, sobre a finalização do Estágio Curricular, intitulada "Muitas Histórias", que foi a temática geral que escolhi para meu estágio:


"Oi Stela,

Um estágio com muitas histórias, narrativas pessoais e coletivas que deram espaço a diferentes realidades, diferentes pontos de vista. Isso define e caracteriza teu trabalho.

Foi muito bom ler teu portfólio. Aqui encontrei um trabalho comprometido com os alunos, com a realidade local, com as vivências pessoais, com o meio ambiente... Parabéns! "

Stela em 05.12.2010 às 21.11

Projetos Temáticos

Trouxe essas fotos aqui, que foi a decoração temática que fiz para a nossa "Formatura" desse ano de 2010, das turmas Pré-escolares 2 A e B, onde coloquei no hal da entrada do Salão de Festas da SAAS uma composição dos trabalhos realizados ao longo do ano, dentro dos projetos de trablho desenvolvidos em minha turma, durante todo o ano.

Esse registro é muito fiel a tudo o que construímos juntos, meus alunos e eu, além das famílias, ao longo desses dois anos de trabalho que venho realizando com essa turma que nesse final de ano letivo encerra sua passagem na escola infantil.

Como afirmei a orientadora da escola Bem-Me-Quer, Miriam, tenho certeza absoluta que meus alunos vivenciaram tudo o que foi possível nessa parceria que realizamos nesse tempo junto e que saem daqui prontos para a próxima etapa de estudos que advém daqui. Mas não sairão alunos passivos, que aceitam uma aula tradicional e comum. Com certeza exigirão muitos desafios dos professores dos anos vindouros.































Eixo 8

As próximas postagens referiram-se as reflexões semanais dos trabalhos realizados em sala de aula.
Essas reflexões aconteceram por duas vezes, pois devíamos realizar nossa reflexão semanal e postar no wiki do estágio, depois rearranjar uma nova reflexão para postar aqui.

Penso que não precisaríamos ter tido essa atividade dupla, pois cheias de trabalho como estávamos, além das cobranças e exigências todas de planejamento para dar conta, além do estresse constante, de tudo isso junto, mais a avaliação que sofríamos tanto da supervisão do estágio quanto das tutoras nos cobrando essas postagens e de dar conta de fazer nosso trabalho diário com competência, em nossa sala de aula.

Mas sobrevivemos.
Stela em 05.12.2010 às 20.47

Eixo 8

Registrei as minhas arquiteturas pedagógicas e agora, relendo-as nesse endereço e posso afirmar que concretizei quase todas as minhas intenções que idealizei ali.

Mas infelizmente algumas ficaram para traz:
1. Não consegui reunir as famílias na Biblioteca
2. Não consegui embelezar os espaços externos disponíveis na escola, como a decoração artística do muro e os pátios de areia e de grama.
3. Não dei conta de realizar o registro em Livro da Biblioteca Pública

Mas, se terminasse tudo nesse ano o que poderia fazer no próximo?
Algo sempre deve ficar para ser buscado, senão torna-se acabado!
Stela 05.12.2010

Eixo 8

Continuando minhas reflexões trouxe a reformulação dos projetos e a desejo de trabalhar um ano todo com as artes plásticas, no projeto Artistas de Casa.

Pois bem, desse projeto durante o estágio realizamos muitas atividades na escola:
1. Primeira Mostra de Arte de Casa onde apresentei o projeto formalmente às famílias nesse segundo ano e trouxe, além da mostra de obras dos alunos e artistas de casa.
2. Trabalhamos mais na escola que em casa, pois os pais pouco se envolveram nesse ano, devido ás mudanças que tivemos de diluir-se a turma existente e a nova formação quase não se envolveu.
3. Tivemos a felicidade de ganhar uma professora de arte semanalmente, na Casa de Cultura Municipal – Ágora do Arroio, que deu continuidade aos artistas que eu já vinha trabalhando.
4. Estamos com o projeto praticamente concluído num livro, onde registrei todos os passos do trabalho, desde o objetivo, as atividades, as biografias e obras de todos os artistas trabalhados, e os alunos ilustraram com sua releitura e produção própria.
5. Finalizarei o projeto com uma apresentação em Power Point, do livro ilustrado pelos alunos, na última semana de aulas, que acontecerá agora em dezembro.


Além de já estar em finalização também os outros projetos trabalhados:

• Arroio do Sal Geográfico, Qual é teu Espaço? Já realizamos as viagens necessárias ao Município e finalizaremos com uma viagem ao início da civilização arroiossalense, a localidade chamada Estância do Meio, que é parte da zona Rural do Município, onde toda essa história se iniciou.

• Cuidando do Espaço Coletivo já realizamos as atividades finais que os alunos sugeriram para encerrarmos: refizemos as floreiras da escola e fomos até a Rádio Tupancy convidar a todos que cuidem da natureza, em especial que o lixo tem seu lugar: a lixeira.

• Biblioteca Pública: Lugar de Aprendizagens ainda continuamos a usar os computadores em atividades até o último dia de aula, ganhamos um aliado nesse mês de novembro: a professora de Artes tem utilizado para as aulas de artes, onde os alunos manusearam os jogos e atividades do Projeto Portinari, além de realizarem suas produções artísticas em software educativos.

• O projeto Comprar com nota fiscal finalizamos nesse sexta-feira, dia 03 de dezembro com uma grande festa e premiação de todos os alunos, além de que nossa escola ganhou o prêmio de R$ 5.000,00 da Municipalidade pelo projeto desenvolvido. Isso já está registrado em nosso endereço do blog.
Stela 5.12.2010, às 20.06

EIXO 8 - ESTÁGIO CURRICULAR

Reflexões do oitavo semestre em meu portfólio.

Relendo as postagens ali escritas me deparei logo no começo, com a descrição da turma que farei o estágio curricular (já minha turma).

Ali registro as minhas intenções de continuidade dos projetos de trabalho do ano anterior, pois os alunos já vinham assim trabalhando, sugerindo ideias e atividades, e logo já perguntaram, no início do ano letivo se íamos ver os artistas e as obras, passear pela Cidade, visitar a biblioteca e os computadores!

Numa outra fala escrevi que “preciso explorar muito mais o ensino das letras e sua função específica de escrita e leitura”. Logo no começo das aulas os alunos já trouxeram esse interesse pelas letras e sua decodificação. Então, me propus a utilizar mais os espaços de escrita: além dos portadores de textos que manuseamos diariamente, como livros, revistas, jornais, os próprios cadernos, a agenda de bilhetes e recados, pensei e usei muito o quadro verde da sala, onde escrevia sempre a data, a rotina e as tarefas que realizaríamos. Então, chamava atenção dos alunos para a leitura, apontando, lendo junto coletivamente, e permitindo que os alunos ali também estivessem. Gostam do quadro verde, do manuseio do alfabeto, dos livros! Além de termos aproveitado muito todo os materiais reaproveitáveis que vieram para nosso latão seletivo: caixas tetrapak, pet, copinhos de iogurte, caixas e embalagens...

E registrei essa escrita: “está sendo um bom momento esse, pois os alunos estão bem envolvidos com as atividades propostas, registrando as informações, meio ávidos dessa tarefa escolar: apropriação das letras, da escrita, da imagem, da leitura.”

Em vários momentos ao longo do estágio curricular, nos momentos das nossas saídas da escola, os alunos sempre vão perguntando o que está escrito nas fachadas, nas placas, enfim, por onde tem escrita queriam saber o que é.
E em tantas atividades demonstraram receio de ainda não saber decodificar o código linguístico para a leitura e escrita, como numa roda de "ler a sua história", onde cada aluno desenhou seu personagem e pensou a história, me contou e eu escrevi. Depois para socializar na roda de conversa pedi que lessem. Nossa, foi uma resposta em uníssono: __não sei ler. Então disse que me contaram e que cada um saberia contar para o grupo. Alguns se arriscaram outros resistiram e não realizaram a tarefa.

Stela em 05.12.2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Eixo 8

Esse eixo trouxe as reflexões do estágio curricular.
Foram feitas postagens sobre os trabalhos desenvolvidos ao longo do período e reflexões semanais do trabalho desenvolvido.
Infelizmente estou sem tempo habil para refletir sobre as postagens alis descritas, mas assim que der conta da banca e das avaliações finais na escola, trago aqui meu refletir sobre esse eixo.
Stela em 29.11.10

domingo, 14 de novembro de 2010

Pôsteres da EJA

Trago em meu portfólio uma série de fotografias na postagem final do eixo 7, que trata da disciplina da EJA. Essas fotos marcam o encontro de apresentação em pôsteres de trabalho final, de pesquisa, realizado nessa modalidade de ensino. O trabalho foi realizado em grupos e apresentado no saguão da escola Felipe, sede do Pólo TC.
Aqui, o link da postagem.

Gostaria de ressaltar que os trabalhos demonstraram excelente qualidade na apresentação e na pesquisa, pois foi uma disciplina que muito acrescentou em termos de aprendizagens e entendimento da necessidade de conhecer a realidade da Eja, pois a modalidade é ofertada para aqueles que não tiveram acesso em idade adequada, mas que ainda deixa muito a desejar em termos de políticas e práticas condizentes com a faixa etária e os interesses desses alunos, excluídos da escola regular, por “n” situações, relatadas em textos e pesquisa feita para a conclusão dos pôsteres ali presentes.

Quero também registrar a pouca divulgação dessa apresentação, pois deveria ser, pelo programa apresentado na disciplina, uma apresentação pública, envolvendo as comunidades do entorno, mas que não aconteceu. Somente os alunos se fizeram presentes, não havendo a presença de mais ninguém, nem da escola, nem da municipalidade, sequer da comunidade. Nem por isso perdeu o brilho e a boniteza dos trabalhos ali expostos.

Stela em 14.1..10
Às 14.30

Projetos

Projetos de Aprendizagem e Projetos de Trabalho



Na postagem anterior me referi aos projetos de trabalho debatidos np eixo 7.

Para esclarecer, trago um pouco da teoria nessa postagem, pois na anterior ficou faltando.

Pois bem, Hernandez afirma que o Projeto de trabalho deve partir da equipe pedagógica, partindo da necessidade, do problema, do tema/conteúdo, tendo prazo determinado de finalizar.

No Projeto de Aprendizagem, Leah fagundes afirma que deve partir do aluno, partindo da sua curiosidade, da busca, e que não tem finitude, pode estar em constante continuidade, pois que é permititdo dúvidas permanentes e certezas provisórias, levando assim a uma nova abordagem daquilo que se prentendeu ao iniciá-lo.

Defino como projetos de trabalho o meu fazer em sala de aula, pois eles partem sempre da necessidade do problema/tema/conteúdo que aparece na roda de coversas, no passeio, na visita, no que fazemos, enfim. Os alunos sugerem todas as propostas de atividades, eu apenas organizo as tarefas na descrição do projeto, na escrita mesmo.

No ano passado realizei o projeto intitulado "Inclusão digital, cultural e literária na Biblioteca Pública", onde visitávamos a biblioteca semanalmente, realizando ali atividades no Tele Centro, com os computadores, hora do conto e pesquisa nos impressos ali disponíveis. Nos dias de pesquisa os alunos escolhiam cada um o assunto que queriam aprender, mostrávamos as enciclopédias, jornais, livros disponíveis e líamos o que ali continha. Os alunos desenhavam e nos contavam o que ouviram, o que acharam importante ou lembravam da leitura, então anotávamos no caderno individual do aluno. Ao final do ano levaram os cadernos para casa. Esse projeto, essa parte da pesquisa, defino como PA. Aqui o registro, clique.


Minhas reflexões acerca do projeto, do trabalho realizado estão nesse link.

Enfim, assim vamos caminhando, não escolho nem optei por esse ou aquele tipo de projeto, apenas "casa" que vamos conversando, os alunos apotam assuntos, as perguntas aparecem e, como são pequenos ainda, não alfabetizados, eu descrevo no projeto as atividades sugeridas, os asssuntos/temas que aparecem.

Stela em 14.11.10 às 12.57

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Eixo 7 Projetos

PROJETOS DE TRABALHO

Projetos de aprendizagem e de trabalho foi um tema bem debatido no eixo 7, pela interdisciplina Didática.
E foi um assunto que muito me prendeu, pois trabalho com projetos, sempre.
Nesses últimos anos tenho desenvolvido meu ano letivo somente através de projetos de trabalho.
Encontrei muitas postagens sobre o assunto e vi que trouxe várias evidências desse trabalho que desenvolvo com meus alunos.

Nesse ano de 2010, não foi diferente, tanto que como continuei com a turma do ano passado, também continuamos nossos projetos iniciados em 2009.
E tenho certeza que meus alunos ganharam muito com isso.

Nosso desafio como professor é muito maior para dar conta dessa metodologia de trabalho, pois requer muito mais mobilidade dentro e fora da sala e das paredes da escola; os alunos não são passivos nessa movimentação, pois realizando as atividades que eles mesmos propõem dentro dos temas que trabalhamos, realizamos movimentos na biblioteca pública, na rua, no entorno da escola, no quarteirão, na Cidade!

Nossos projetos desse ano terminam, pois estaremos encerrando esse ciclo de parceria: os alunos irão para a escola de ensino fundamental e eu pedi remoção da escola infantil, pois tenho planos para levar um projeto de inclusão digital para as escolas de ensino fundamental do Município.

Trazendo o tema projeto para meu TCC foi através dessa metodologia, incluindo meus alunos na busca de informação e conhecimento através das sugestões e indícios do que faremos, que dei conta de trabalhar o ano letivo com esses projetos.

E partindo da interdisciplinaridade entre eles: trabalhar a história individual do aluno, inserido na turma da escola, na localidade de moradia, dentro do mesmo Município, conhecer a situação de limpeza e urbanização do Arroio do Sal, sua origem e sua história, interligando-a à origem e significado do nome de cada aluno. Comparando os dados que temos e saindo à rua para verificar onde se deu a história, como foi possível a caminhada dos precursores na sua vinda à beira-mar, fundando aqui o balneário, como se fez a urbanização com a devastação da natureza existente, com a construção das casas e loteamentos onde antes era só natureza.
Conhecemos os sambaquis, os vestígios que nos comprovam a existência, a passagem dos indígenas em nosso Município.
Fomos visitar e conhecer nossa gente, nossos artistas locais moradores daqui e que tiram sua inspiração da nossa terra; cuidar do espaço que todos ocupamos juntos e viajar para conhecer o lugar onde o outro mora, saber o que tem de importante ali e que devemos todos cuidar para que permaneça, para que continue atraindo turistas, afinal, somos um Município turístico e sobrevivemos dessa movimentação do veranismo.

Inclusive nossa turma palestrou, através de uma roda de conversa, na Semana Municipal do Meio Ambiente, contando a uma plateia enorme, de alunos maiores, o que nos fazemos para cuidar do espaço que convivemos, através do projeto Cuidando do Espaço Coletivo que realizamos desde o ano passado!

Toda essa movimentação só foi possível com o trabalho dos projetos, e a disposição dos alunos, que se empenharam com muita animação nessa busca, por vezes tumulto mesmo, correria, mas sempre em favor de aprendizagem.

A escolha do tema para meu TCC só podia ser esse: é possível ensinar história na educação infantil?
Posso responder aqui: é possível sim, mas somente através dessa movimentação, dessa metodologia de busca conjunta entre aluno e professor, escola e família. Somente resgatando a identidade de todos e da cada um desses aluninhos em sua história individual é que podemos ensinar História na Educação Infantil.

Stela, em 10.11.10
às 16.21

Eixo - 7 EJA

EJA-Eixo 7

Na proposta de leitura de texto sobre alfabetização, de Giroux, trazida por essa interdisciplina, refleti a importância da conceitualização que o autor faz da alfabetização como prática social e histórica, em que os indivíduos busquem poder individual e de grupo para a luta política, em favor de uma educação que os remeta ao poder através da linguagem, para que possa haver a luta em favor social ou meramente deixar-se dominar pela manipulação e reprodução do sistema.
Giroux trata do empoderamento pela alfabetização crítica como uma pré-condição da emancipação social e cultural dos sujeitos, não criando somente intelectuais, mas que permitisse o combate como participante ativo, tendo vez e voz, tanto na formação da sociedade quanto governando-a.

Nessa postagem registrei essa fala “Pensando a prática da linguagem como linguagem do mundo em que vivo, mas que posso transformá-lo num mundo muito melhor organizado, mais bem distribuído, mais dignificante para todos, mundo esse que pode vir a ser socialmente partilhado entre todos: poderes de ser individuo e de me organizar em grupo, e poder de exigir nossos direitos através da prática da cidadania.”
Pois bem, essa fala faz parte da minha prática diária em sala de aula, e fala do meu TCC, pois a partir da prática da linguagem, da oralidade dos meus pequenos em roda de conversas, contando nossas vivências, nosso cotidiano, falando da nossa realidade, ouvindo e discutindo sobre a história pessoal de cada um, e de todos os alunos, inseridos dentro do Município, o lugar comum de moradia de todos nós é que partiu meu tema para o TCC.

E acredito de fato que esse ensinar história aos alunos na educação infantil, partindo da história individual de cada um de nós é a história realmente vivida por todos, pois que se juntam em grupo, na turma que formam na escola, e fazem juntos essa nova história, a história coletiva.

Pensar o tema Ensino de História na educação Infantil e discutir esse assunto na minha fala ali descrita no TCC, me trouxeram uma “esperança de os meus alunos reconquistarem um espaço de empoderamento do sujeito com uma educação democrática, libertária, igualitária. Possibilitadora de reflexões conjuntas, permissiva de novas formações de grupo de poder, poder compreender a realidade que se vive e que se deve lutar, e pode-se lutar nova luta em favor de melhorar, transformar a sociedade em que vivemos”. (Stela Maris da Rosa Dias, 19 de setembro de 2009). Fala retirada do portfólio.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eixo 7

Eixo 7 portfólio

Revendo as postagens desse eixo que trata das interdisciplinas de Educação de Jovens e Adultos, Didática, Planejamento e Avaliação, Linguagem e Educação e Seminário Integrador já na primeira postagem da interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação, postagem encontrei a fala que trago de Paulo Freire (1996) na epígrafe do TCC:

“É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas cronológico, o velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo”.

Essa fala veio numa análise que fiz sobre Comênio e o Livro didático:
“Pois conforme Comênio diz no Índice da Didática Magna a formação do homem se faz com muita facilidade na primeira idade e a escola infantil é um momento de primeiros anos escolares. No trabalho postei que havia um alfabeto em minha sala de aula, da turma do turno inverso, onde as palavras ali listadas eram totalmente fora do contexto local, aparantava ser um alfabeto de animais, mas poucos existentes aqui, na letra i a palavra era "índio", e nas letras k, y e w nomes próprios. Registrei então essa fala: "vejo que poderia ser mais “proveitoso alfabeticamente” se o contexto de vida, a realidade dos alunos fossem trazidos para a formação desse mesmo alfabeto, e que ele fosse colocado ao alcance da mão dos alunos. Apesar dessa fala referir-se á alfabetização, é exatamente assim que realizo meu trabalho em sala de aula. Trazer a realidade e as vivências cotidianas dos alunos foi o que me possibilitou um bom referencial de trabalho no estágio curricular e que me trouxe o tema para desenvolver: o Ensino de História na Educação Infantil, partindo das atividades de resgate da identidade dos alunos em suas histórias individuais, para a formação da coletividade da turma, inseridos no local em que moramos – o Município.

Stela em 08.11.10

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Reflexão final dos Eixos 4,5,6

Esse eixo me possibilitou muitas aprendizagens referentes aos alunos, enquanto eu professora devo buscar teorias, estudos que permitam entender melhor como se dá o desenvolvimento das aprendizagens em meus alunos.
Os estudos de Piaget me permitiram entender algumas questões referentes ao aspecto cognitivo, pois isso pode me instrumentalizar para pensar atividades mais específicas e voltadas à etapa em que estão nesse momento escolar.
Tive muitas questões comportamentais e cognitivas de alunos com algumas dificuldades em sala de aula, em relacionamento coletivo e também nas atividades de raciocínio resolvidas ou não, mas entendidas por mim, que todos passam por essas etapas, e embora estejam na mesma faixa etária, essas não acontecem no mesmo tempo, determinadas para todos.

Pensei bastante nesses estudos da Psicologia quando precisei auxiliar um aluno que é extremamente agressivo, em todos os momentos, diriamente. Pois esse tem família constituída e vivem aparentemente bem, participantes ativos na escola, comparecendo sempre em reuniões, convites, integrando-se as atividades escolares de casa, enfim, bem participativos e integrados à escola. Ainda não conseguimos melhora aparente, mas a família tem-se envolvido conosco em melhorar essa situação.
Também tive uma aluna que chegou pela primeira vez na escola, e teve todo um processo de inseri-la na vida escolar, pois não trazia nenhum entendimento da fala da escola, não realizava contagem, não sabia o que era numeral, não conhecia o alfabeto e não tinha nenhum entendimento de regras de conviência escolares. Fomos aos poucos introduzindo-a nesse mundo novo e alcancei excelentes progresso nesse tempo: já escreve seu nome, reconhece-o, identifica sua letra incial e realiza a contagem até o 6.

Estamos caminhando...

Outro exemplo: uma menina que já está na escola desde os 3 anos, passou pelo maternal, pré-escolar 1 e agora o pré-escolar 2 e ainda não realizava a escrita do seu nome, sequer a letra inicial. A representação gráfica em maio muito me preocupava, pois só fazia células, para toda e qualquer representação, mas nomeava o que desenhava. Enfim, fomos conversando, auxiliando, a família compareceu à escola e começou a ajudá-la também em casa. Hoje está muito bem, seus desenhos representativos estão bem fiéis, com detalhes, nítidos e de fácil entendimento, já escreve seu nome e o identifica.

Enfim, entender um pouco de como se dá a aprendizagem para os alunos, e que cada um tem um tempo seu,individual, e que podemos ampliar essa aprendizagem com atividades específicas para cada aluno foi o que me proporcionou essas interdisciplinas do eixo 6.

Esse eixo trouxe as questões da diversidade de alunos que encontramos durante os anos escolares, e que embora exista um movimento grande em favor desses alunos especiais ou não, aparentes ou não, é fato que precisamos buscar estudo e orientação especializada para nos instrumentalizarmos en favor de uma escola mais democrática e de qualidade a todos os alunos, que ao menos possibilite que todos possam buscar entendimento dentro das suas potencialidades.
Tenho certeza que essa tarefa eu cumpro, pois dou autonomia aos meus alunos que busquem, sugiram e realizem atividades que possa lhes dar mais prazer de estar aqui, entre as paredes da escola, na convivência com outros que também aqui se encontram nessa caminhada da busca do saber conjunto, que permita a construção de conhecimento partindo da nossa realidade individual e que se funda no coletivo, fortalecendo os laços e a necessidade de juntos aprenderem mais.

Stela em 05.11.10
21.12

Eixo 6

Ainda revendo o eixo seis, não pude deixar esse registro de fora, que trago da Interdisciplina Educação de alunos com Necessidades Especiais:


Educação Especial

A Educação Especial está nos proporcionando excelente encontro de trocas através dos Fóruns que nos tem oferecido. Ali nesse espaço temos momentos de estudos, na obrigatoriedade das leituras exigidas (e que nem sempre consigo dar conta!) e também nos oportuniza encontros maravilhosos com os colegas e professores.
Quero ressaltar que esses "encontros com os outros colegas" são os melhores momentos, pois conseguimos fazer uma rede de estudos interligada com nossas práticas, engendrando nossas reflexões. Permitindo então melhoria dos nossos conhecimentos através dessa interação de todos os pensares e fazeres que ali sobressaem.
Desejo que todas nós possamos realmente tirar muito proveito de tudo o que nos está sendo oferecido.
Tivemos a oportunidade de ler o texto de Rita Bersch, onde ela conceitua TA "expressão utilizada para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuam para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiências, promovendo vida independente e inclusão...é buscar, com criatividade, um alternativa para se realizar o que deseja ou precisa, é encontrar uma estratégia de fazer do "seu jeito", valorizando esse jeito, aumentando capacidades, criando alternativas e envolvendo o aluno, desafiando-os a experimentar e permitir uma construção individual ou coletiva de novos conhecimentos".

Penso que isso se aplica também a nós, alunos peadianos, em diferentes escolas, com diferentes pensamentos e fazeres, com diferentes olhares e que somos levados a pensar juntos em nossas individualidades, em práticas isoladas umas das outras pela distância, pelas vivências, pelo planejamento, pelo físico, pela diversidade, pelas especificidades.
Que bom entender isso aqui, dentro dessa interdisciplina que está nos permitindo pensar a inclusão de especiais, mas que também nos brinda com essa permissão especial de pensarmos em nós também como inclusos de uma maneira diferente de aprender.

Acrescento aqui que essa mesma fala também remete ao meu TCC, pois em minha prática profissional procurei desenvolver atividades que possibilitassem aos meus alunos eles próprios buscassem suas aprendizagens. Tenho certeza que proporcionei aos meus pequenos no período do estágio, e também fora dele, toda essa busca de criatividade e envolvimento.
As atividades específicas que evidenciam essa minha prática estão registradas em nossos endereços virtuais, onde descrevo o que realizamos em nossas aulas: atividades realizadas dentro dos projetos de trabalho que desenvolvemos ao longo do ano, e que estão registradas em meu plano de trabalho do estágio, e nas atividades diárias ali registradas, no meu wiki do estágio.

domingo, 24 de outubro de 2010

Aprendizagens -Eixo 6

APRENDIZAGENS

“Aprender é proceder a uma síntese indefinidamente
renovada entre a continuidade e a novidade.”
(Inhelder, Bovet e Sinclair, 1977, p.263)

Nesse eixo, na interdisciplina de Psicologia II, tivemos uma atividade de escrever sobre o tema aprendizagens da nossa vida.
Nessa atividade fiz uma reflexão bem importante onde evidenciei minha apropriação das tecnologias após mais de 40 anos de vida!
E podemos entender que as aprendizagens acontecem sempre, mas que a cada fase, etapa, tempo vivido, temos mais condições de entendimento, pois já temos muitas estruturas formadas, então vamos assimilando novas aprendizagens. Penso também que com a idade, vamos dando conta de tolerar mais, mais tempo de pensar, refletindo nossas vivências e tudo o que acompanha essa caminhada. Permitimo-nos parar e refletir nossa vida pessoal, profissional, afetiva, familiar. Enfim, penso que estamos acomodados, no sentido de não mais sermos afoitos ou ansiosos. Não temos mais tanta pressa de fazer tudo, de qualquer jeito. Com o passar do tempo vamos nos permitindo pausas, e nessas pausas nosso pensamento conforma os aprendizados, as nossas experiências vividas já nos antecipam algo que vivemos e portanto, sabemos o que pode vir aqui. Podemos retroceder, deixar amadurecer, esperamos o tempo mais propício. E, caso necessite, podemos pensar de outro modo, ver outras possibilidades, buscar mais conhecimento, ou esperar o tempo de realizar mudanças, em todos os sentidos, na nossa vida.
Isso também reflete em nosso fazer profissional, pois já devemos acertar mais, errar o menos possível, e refazer de novo a caminhada, com cada aluno, ou com todos eles.
Refletir, vivenciar anos, muitos anos vividos nos permitem muitas aprendizagens e cada vez mais podemos filtrar essas aprendizagens em benefício da felicidade, de todos nós, coletivamente.

Essa postagem está nesse endereço, e ali vem bem “comprida” e explicitada essa minha apropriação das tecnologias para dar conta da minha vida acadêmica.

Stela em 24.10.2010. às 15.31.

EIXO 6

PSICOLOGIA II

O sexto eixo do curso vem com as interdisciplinas Psicologia do Desenvolvimento II, onde estudamos e nos aprofundamos na teoria da Epistemologia Genética, de Piaget, onde estudamos alguns textos de Fernando Becker, disponibilizado no ambiente Rooda.

Penso que nesse eixo meu entendimento foi maior, pois até então as leituras e as atividades eram menos práticas, e mais de estudo e assimilação pessoal.

A obra de Jean Piaget não oferece aos educadores uma didática específica sobre como desenvolver a inteligência do aluno ou da criança, apenas nos mostra que cada fase de desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. O conhecimento destas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo, conforme nos aponta José Luiz de Paiva Bello no texto A teoria básica de Jean Piaget (1995).

Aqui nesse eixo tivemos a oportunidade de realizar uma entrevista individual com alunos em um dos estádios do desenvolvimento, descritos por Piaget, utilizando material concreto e pudemos descobrir, através dessa testagem, em que estádio do desenvolvimento cognitivo o aluno se encontra.

A compreensão do processo como se dá o desenvolvimento da inteligência, por definição de períodos em que, cada indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de compreensão e interpretação da realidade é fundamental para que nós, professores, possamos também compreender com quem estamos trabalhando. Segundo Lima (1980, p. 131): “aceitar o ponto de vista de Piaget, provocará turbulenta revolução no processo escolar (o professor transforma-se numa espécie de ‘técnico do time de futebol’, perdendo seu ar de ator no palco)”.

Essa interdisciplina foi mais um acréscimo, pois ao longo do curso fomos nos inteirando de vários modos e autores que nos levaram a entender como se dá o nosso fazer escolar, e aqui, nas Psicologias pudemos entender como se processa, normalmente, o aprender de cada indivíduo, e que esse aprender se dá em etapas, onde vão-se acomodando as informações vividas, vivenciadas pelo aluno.


Mais uma importante contribuição para nossa profissão, além do fato de que eu mesma tive que ir em busca de mais textos e outros autores para dar conta de um melhor entendimento do assunto. Assim pude crescer mais um pouco nesse sentido: devemos ir em busca de conhecimento sempre, pois nada é dado pronto ou acabado, tudo se renova, teorias são revistas, reestudadas; tudo posso ser refeito através de novos estudos, de novas ideias que se vão comprovando através desses estudos. E nós temos também essa possibilidade de buscar mais conhecimento em favor de melhorar nossa prática profissional, para favorecer a aprendizagem também de nossos alunos, através de novos fazeres.



Bibliografia:
BELLO, José Luiz de Paiva. A teoria Básica de Jean Piaget. Disponível em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09.htm. Acesso em: 27 abril. 2009
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm
MARQUES, Tânia Beatriz I. Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento. Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/psicologiaii/epistemologia_genetica_e_construcao_do_conhecimento.pdf. Acesso em: abril.2009


STELA EM 24.10.2010 ÁS 15.15

sábado, 23 de outubro de 2010

Projeto de Aprendizagem

PROJETOS DE APRENDIZAGEM

Trabalhar com a metodologia dos projetos de aprendizagem foi muito bom, pois sempre estive envolvida na sala de aula com projetos, mas nem sempre foram de aprendizagem.
O que fica de bom e importante desse trabalho nesse quinto semestre foi que eu pude entender que vários dos projetos que trabalho com meus alunos tem uma aproximação com PAS, pois partem da necessidade que temos na aula, da roda de conversa ou de alguma coisa importante que vem se fazendo na sala.

Pois bem, nessas rodas de conversa que temos, sempre proporciono aos alunos que sugiram o que podemos fazer juntos, em aula para resolvermos aquelas questões que se apresentam.
Geralmente utilizo essas sugestões todas, somente que organizo as atividades que os alunos pedem que façamos.

Estou tentando uma grande oportunidade nesse final de ano, pois através do projeto UCA (Um computador por Aluno) que a escola Diestchi foi contemplada, tive a oportunidade de enviar um vídeo para a professora Léa Fagundes, onde contei um pouquinho do que faço com os meus pequenos, através dos projetos. A professora me mandou resposta também via vídeo, mas infelizmente a colega que o fez desligou ao invés de ligar a filmagem... Mas me repassou o teor do vídeo.

Trago as evidências nos projetos que desenvolvemos ao longo desse ano letivo, na turma de pré-escolar 2 A, que estão na lista de blogs e wikis ali anotados.

Esse endereço é onde registrei os projetos que estamos trabalhando durante o ano, onde está listado todos os projetos e seus desdobramentos. Alguns registros ainda não estão ali, mas os blogs de cada projeto está linkado no side bar.

Stela
23.10.2010. Às 20.55

PA- Eixo 5 Aposentadoria

Nosso PA sobre a aposentadoria, solicitado pela interdisciplina Psicologia da Vida Adulta.
Trouxe aqui nossas primeiras anotações:


TEMA: Como se preparar com praticidade para a hora da aposentadoria sem medo da improdutividade?

IDÉIAS SOBRE O TEMA:
• o pânico da hora de parar de trabalhar
• o afastamento natural dos colegas e do ambiente de trabalho
• o que fazer com os guardados de toda a vida produtiva?
• por que acordar todos os dias
• que outra finalidade terá nossa existência
• passar adiante nossas conquistas terá utilidade?
COMO SERÁ A BUSCA DE INFORMAÇÕES
Esta idéia surgiu a partir do programa Bom Dia Brasil do dia 18 de setembro de 2008 então a primeira idéia foi ir atrás da reportagem. Nossa busca também continuará na internet, livros, revistas, entrevistas.

Nosso projeto está nesse link.

Stela em 23.10.2010 às 15.46

Psicologia da Vida Adulta Eixo 5

Na interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta tivemos textos importantes sobre as etapas pelas quais os indivíduos passam durante a sua vida, em especial no desenvolvimento infantil, e posteriores passagens de idade, pois ali começa a formar-se o adulto.

Nos vários textos apresentados tivemos “Introdução á Psicologia da Vida Adulta, das Dras Tâniz Beatriz Inasko Marques, Luciane Corte Real e professora Jaqueline Piccetti; “Desenvolvimento segundo Erikson e As Oito Idades do Homem segundo Erikson”, de David Elkind que me oportunizaram um melhor entendimento da necessidade que o indivíduo tem de viver bem etapas para construir-se enquanto ser humano. Pois o indivíduo precisa fazer a passagem por essas etapas, que acarretam perdas e ganhos, ultrapassando essas vivências e poder tornar-se um adulto bem resolvido, que possa interagir em sociedade com os outros indivíduos com os quais vai conviver.

Então necessitamos viver e conviver com tantos outros indivíduos, e todos passsamos por as etapas de crescimento individual. A cada etapa vivida adquirimos aprendizados na interação com outras pessoas e situações as quais passamos. Toda essa interação, essa troca entre e com os outros nos acrescenta aprendizagens em todos as fases da nossa vida. Cada um tem seu tempo próprio, embora as fases sejam determinadas para todos, mas não num tempo fechado, estático.

Então, entendi que todos vivem por etapas, começando desde o nascimento, e o desenvolvimento já começa antes de nascer, na gestação, depois passa pelo desenvolvimento infantil e vamos vencendo etapas. Ano após ano, caminhada após caminhada, etapa por etapa.

Essa Interdisciplina foi muito proveitosa, pois mostrou as etapas do crescimento individual, na interação social e nas suas internalizações, nas suas vivências e convivências, no seu aprendizado individual, mas em conjunto com o outro.

Pois bem, esse adulto, bem ou mal resolvido em suas etapas individuais e coletivas já foi criança, e já passou pela escola, de ensino infantil e fundamental, alvos da nossa profissão. Entendi muito bem a responsabilidade que tenho enquanto professora para ajudar meu aluno nessa travessia, tanto individual, do seu aprendizado e crescimento, quanto no coletivo, de todos, da turma.

Também pude perceber o quanto isso tudo tem a ver com meu TCC, pois na organização da história de cada aluno, no resgate dessa história de todos eles, pudemos identificar nossa turma. Nem sempre coesos, nem sempre unidos, mas sempre juntos, no dia-a-dia da sala, acrescentando o seu viver e o seu fazer, enquanto indivíduo que vem só, mas se agrega aos outros da turma, também com todas as suas vivências, para aqui fazer ou refazer a sua construção pessoal no coletivo.

Stela 23.10.2010 às 15.28

Regimento XPPP Eixo 5

Trouxe essa postagem feita no eixo 5 por ser um assunto importante e que não havia sido registrado nesse espaço:


A DEMOCRACIA É UM PROCESSO EM PERMANENTE CONSTRUÇÃO E APRENDIZAGEM,
EXIGINDO UMA VIGILÂNCIA CONSTANTE.


A CONCEPÇÃO DE ESCOLA COMO INSTITUIÇÃO RELATIVAMENTE AUTÔNOMA E RESPONSÁVEL PELA CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO EDUCATIVO VEIO A ACONTECER SOMENTE A PARTIR DA CONSITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
.


O REGIMENTO ESCOLAR CUMPRE O PAPEL DE TRANSPARÊNCIA
DA ESCOLA E É EMANADO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.
O PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DO PPP E DO REGIMENTO ESCOLAR
DEVE SER UM MOVIMENTO DE PARTICIPAÇÃO AMPLA
DE TODA A COMUNIDADE ESCOLAR PARA PENSAR
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

O REGIMENTO ESCOLAR


1. É A TRADUÇÃO DESSE PROJETO EM NORMAS LEVANDO EM CONTA AS ESPECIFICIDADES DE CADA ESCOLA.

2. É A REGULAMENTAÇÃO EM NORMAS ESPECÍFICAS DOS CAMINHOS A SEREM SEGUIDOS.

3. É O MODO COMO A ESCOLA SE ORGANIZARÁ PARA PÔR EM PRÁTICA ESSAS OPÇÕES TEÓRICAS.

4. O REGIMENTO ESCOLAR, QUE DO PPP SE ORIGINA, TAMBÉM SERÁ ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO COLETIVA.

5. É A OPERACIONALIZAÇÃO DAQUILO QUE ACREDITAMOS QUE PODEMOS CONSTRUIR.




PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1. É O INSTRUMENTO QUE REFFLETE O DESEJO TEÓRICO,
ORIENTADOR DAS PRÁTICAS ESCOLARES.

2. É A CONSTRUÇÃO COLETIVA PARA CONCRETIZAÇÃO DA AUTONOMIA DA ESCOLA E DOS PROFESSORES EXPRESSANDO SUAS
CONVICÇÕES PEDAGÓGICAS.

O PPP DEFINE O REFERENCIAL DA ESCOLA DESEJADA:

1. O PAPEL DOS DIFERENTES SEGMENTOS
2.CONHECIMENTO
3. CURRÍCULO
4. AVALIAÇÃO
5. OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES

A FORMULAÇÃO DO PPP REPRESENTA:

1. UM ESPAÇO PARA A CONSTRUÇÃO COLETIVA DE UMA ESCOLA PÚBLICA DEMOCRÁTICA
2. É O REFLEXO DA ESCOLA DESEJADA


Stela em 23.10.2010 às 12.01

Democracia e Escola Eixo 5

“A ESCOLA SÓ SERÁ MUDADA COM UM TRABALHO PACIENTE,
DIFÍCIL E HONESTO. PARA CONSTRUIR UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA,
PARA UM MUNDO MAIS JUSTO E MAIS SOLIDÁRIO,
É PRECISO “ENFRENTAMENTOS”. (Bernard Charlot)

A interdisciplina da Gestão escolar nos abriu um debate interessante sobre as políticas educacionais em todo o mundo, sendo que no Brasil o debate se inicia na década de 70, com a luta dos trabalhadores exigindo o direito de seus filhos cursaram a escola pública. Aqui o debate começa e parece-me que ainda continua, pois poucos da classe trabalhadora conseguem ainda hoje entrar na universidade pública, (ou mesmo particular), ficando essa sempre para os mais abastados, por conta de uma série de atitudes que ainda não são permitidas aos alunos da classe trabalhadora, como tempo de estudo, condições de fazer cursos pré-vestibulares, etc. Mas já temos alguns avanços com os programas atuais, especialmente o ProUni.

A gestão democrática da organização escolar é iniciada na década de 80, com o objetivo compartilhar as decisões da escola com todos os segmentos envolvidos.
A gestão democrática é um processo em construção que envolve a operacionalização de medidas e um conjunto de instrumentos, de configuração local: conselhos representativos, fóruns, plenárias e congressos que pouco trazem de participação real, e muito menos de construção da democracia.

Ainda hoje as decisões são tomadas pelos gestores, e raramente todos os representantes são chamados e quando o são, é somente para ouvir as explicações que os detentores do poder de mando trazem, sem acatarem ou até mesmo pedirem nossas sugestões.

Penso que gestão escolar vai muito além dos discursos vazios e mentirosos de nossos administradores, que se quer nos permitem discordar ou sugerir alguma coisa melhor do que estão nos propondo.

Quero deixar aqui registrada a situação que eu própria vivi nesse ano de finalização da faculdade, onde deveria prestar meu estágio curricular obrigatório para ter direito ao diploma e certificação: na escola estadual onde trabalho, já no ano passado informei que gostaria de prestar esse estágio ali, na minha turma. A diretora informou-se com a CRE e me retornou dizendo que não seria possível isso, pois não poderia haver mudança de nível em minha ficha funcional se isso acontecesse em meu horário de trabalho, então não poderia fazer ali!

Então, fui realizar meu estágio na escola Municipal, onde trabalho com a educação infantil. Ali logo que iniciamos o estágio, houve algumas mudanças administrativas que obrigaram a enturmação das turmas do nível de pré-escolar do turno da manhã, uma que eu trabalhava,e a outra da outra professora. Não foi pedida nossa sugestão ou ideia de como poderíamos solucionar a situação, pois tínhamos a solução. Eu e a colega ficamos extremamente indignadas com a arbitrariedade imposta, pois podíamos resolver junto com a administração o tumulto que houve. Minha colega ficou chateada por perder a turma e eu também. Minha turma ficou enturmada com alguns alunos meus e outros da outra turma. Constituiu-se nova turma dessa mistura e foi muito complicado dar conta de adaptarmos tudo de novo, no mês de maio!
Falamos com a supervisão Municipal e ficou tudo conforme a equipe gestora da escola resolveu, sobrando para os alunos, professores e os pais acatarem o mando!

Deixei tudo isso registrado em meu wiki de estágio e também elegi uma página de meu relatório final para essa colocação.

Gestão democrática da educação penso que deva ser outra utopia que nós professores, comprometidos com nossos alunos e com a oferta de uma educação democrática e real aos alunos seja mais um sonho a perseguir, para sempre!

Stela Dias em 23.10.201o
às 11.26

Projetos de Aprendizagem Eixo 5

O Seminário integrador 5 e a Psicologia da Vida Adulta nos proporcionaram a construção dos PAS.
No seminário damos início ao projeto “Histórias de Arroio do Sal, Terra de Areia e Três Cachoeiras que as fotografias nos mostram”, nosso trabalho inicial havia sido com a palavra –não-, depois trocamos pela dificuldade da coleta dessas fotografias.
Ali realizei algumas postagens a cerca do andamento do trabalho. A coleta das fotografias, o tempo ali demarcado, a passagem desse tempo e as modificações que se fizeram ao longo do tempo: a moda, a propaganda, o ponto de encontro, as relações que se faziam na época da fotografia...

Enfim, essas postagens foram bem interessantes. Ao final do semestre não conseguimos dar conta de concluir esse PA.

Esse não concluir o projeto me deixou muito frustrada e angustiada.
Então registrei minha insatisfação com o trabalho do grupo, pois não conseguimos uma unidade de trabalho, ficando somente a cargo de alguns a tarefa de realizá-lo, tanto na pesquisa quanto na postagem. Não consegui nem lembrar o endereço do wiki onde descrevemos o pA.


Já o trabalho proposto do PA da Psicologia da Vida Adulta foi bem diferente: delegamos tarefas entre nós, e formamos um pequeno grupo, somente das colegas do Arroio do Sal. Conseguimos dar conta de construir a pesquisa e a escrita ficou por conta da colega e amiga Mara Braum. Não pudemos apresentar nosso trabalho ao grande grupo, pois o tempo se extingui rapidamente, mas assistir ao Pa das colegas foi bem interessante, os assuntos pesquisados foram bem apresentados e todos puderam imprimir ali sua autoria.

Penso que fiquei um tanto desmotivada com a construção dos PAS, mas pude trazer evidências do meu trabalho desenvolvido em sala de aula sobre a construção dos PAs com os alunos, onde registrei o endereço do blog onde o trabalho de pesquisa com os alunos foi postado, da escola Dietschi.

Esse mesmo trabalho foi uma proposta do meu PIE (Plano Individual de Estudos) e que pude também dar conta dessa atividade com o registro da conclusão dessa atividade.

Foi um bom semestre, em especial na metodologia dos projetos de aprendizagem, onde trabalhamos com o tema que nos propomos, mudamos nosso objetivo ao longo do semestre e não concluímos o projeto.

Enfim, aprendemos que nem tudo é conclusivo, muitas questões ficam em aberto, mas o mais importante que aprendi aqui, nesse trabalho foi que a pesquisa é importante e deve ser dado aos alunos a oportunidade de eles próprios buscarem as fontes, o conteúdo a ser pesquisado. E mais, a importância da autoria de cada um, onde se busque a pesquisa, em vários espaços, e que se imprima a visão, a fala, as conclusões/inconclusões do aluno.

Primordial que o aluno se dê por conta e entenda que nada, nenhum assunto é dado acabado e não se acaba ali, que tudo pode ser revisto, refeito e acrescentar sempre, pois o PA deixa essa abertura ao novo que possa se agregar, a novas perguntas que advenham, a novos rumos, ideias, pensares e olhares...
Stela
23.10. às 10.30

domingo, 17 de outubro de 2010

Eixo 5

O V semestre do curso nos remeteu a organização administrativa da escola: regimento escolar, PPP, gestão, organização e financiamento da educação.

Revendo minhas postagens, vi que trouxe a maioria das atividades postadas no webfólio, nas atividades exigidas pelas interdisciplinas, pois contemplaram estudos importantes sobre o funcionamento da escola e da gestão escolar.

Nesse quinto semestre então realizamos estudos específicos da administração da escola, vimos de onde vem o financiamento para o funcionamento e operacionalização da educação escolar.
Tivemos vários textos importantes, além de excelentes professores, que conseguiram trazer até nós um estudo bem complexo do assunto. Afinal não é muito fácil esse entendimento, pois vivemos num país democrático que está apenas se fazendo nessa democracia, ainda carregamos muitos resquícios da ditadura a que fomos expostos por longos anos sob um regime militar, que não nos permitia sequer questionar, quanto mais dizer nossa palavra a cerca de administração. Um tempo em que todos que ousassem dizer sua palavra eram banidos do país, torturados e até levados à morte!

Então nesse quinto semestre pudemos estudar e conhecer um pouco sobre como se fez a gestão democrática na educação brasileira; gestão democrática essa que ainda se faz, e que justamente por ser democrática ainda está em construção, pois é um processo novo, e os exemplos que temos em nosso município ainda são de pouca visibilidade de gestão real da democracia.
Temos a escola estadual que elege seu diretor através de voto, mas que ainda está longe de ser democrática só porque se vota no diretor e a escola municipal ainda é de indicação político-partidária para o cargo de gestor.

Nenhuma das duas ainda satisfaz em termos de gestão administrativa democrática, pois ainda penso que estão longe de serem democráticas as relações que ali se dão.

Nossos gestores, os eleitos e os indicados, ainda não se abrem à democrática, pois se criam conselhos, comissões e grupos alternativos para dar conta de estar junto às direções, somente cobrando ou exigindo que se cumpram as formalidades, mas que não se processam em relações democráticas.

Nós professores, não nos juntamos para dar conta de discutir o tipo de educação que oferecemos aos nossos alunos. Nas poucas vezes que isso acontece, de juntar-se professores e funcionários na escola, perde-se tempo em fala vazia, cheia de críticas ao sistema, e não encontramos um caminho conjunto, comum e coletivo de oferece e fazer uma educação mais qualificada, mais debatida, mas próxima do melhor que devemos fazer.
Como exemplo quero registrar sobre o projeto UCA (Um computador por aluno) que tivemos a oportunidade de sermos contemplados em nossa escola do estado, na Rondinha. Então ganhamos os computadores, e uma formação de dois anos oferecida pela UFRGS e operacionalizada pela UCS (Caxias do Sul). Todos os professores e funcionários estão inscritos na formação, que acontece uma vez ao mês. Infelizmente nem todos compareceram aos encontros que já tivemos.

Enfim, estamos recém começando nesse caminho da gestão democrática, e isso leva mais tempo do que gostaríamos para se perceber melhoras nessa gestão, em favor da educação de qualidade que ainda apregoamos, mas que não conseguimos dar conta de fazer.

Penso que ainda temos muito chão para trilhar em busca da gestão democrática, até mesmo em nossas salas de aula, pois muitas vezes ainda caímos na armadilha de querer saber mais que o aluno, e erramos pensando que sabemos mais, ao contrário hoje, com o advento das tecnologias temos muito a aprender com nossos alunos, e precisamos dar contar de administrar coletivamente essas aprendizagens, entre alunos, professores e gestores.
Stela em 17.10.2010, às 19.10

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eixo 4- Estudos Sociais

Essa atividade eu trouxe na íntegra do webfólio, pois é muito importante o que ali contém, fazendo-me ver o quanto eu já trazia de meu TCC nessas atividades, meu pensar sobre o ensino de História, as evidências do meu trabalho já ali descritas...


O título do trabalho: Propostas Pedagógicas e Projetos de Trabalho

“Cada professor deveria escolher o tema que lhe apaixona.”
Sara Pain


Ensino de Estudos Sociais no Currículo Escolar

“O indivíduo é um ser geneticamente social”, conforme Wallon. Isto é: a identidade do sujeito é um produto das suas relações com os outros. Nesse sentido todo indivíduo está povoado de outros grupos internos na sua história. (Madalena Freire).

“Os homens, de uma forma ou de outra, pertencem a uma sociedade,,trazendo consigo as marcas da vida social, a herança cultural dos grupos em que vive” – Aracy do rego Antunes, Heloísa Fesch Menandro e Tomoko Iyda Paganelli.

Partindo dessas afirmações, todo indivíduo vive e interage com outros tantos indivíduos, e nesse interagir com os outros vai-se fazendo convivência, construções e aprendizagens. Portanto, nada mais natural que seja parte integrante do currículo escolar o estudo das questões sociais que envolvem esses indivíduos, nas suas redes, nas suas tecituras construtivas, na sua vida em grupo. Afinal não se vive só.
O processo de socialização do indivíduo inicia com a formação dos pares, dos grupos, e a criança participa desses agrupamentos a partir da família: aqui estabelece as primeiras relações fundamentais com as pessoas e o ambiente em que está inserida, ampliando essa interação com a vizinhança, a escola, a igreja. Nesse vivenciar regras,, cultuar ritos, tradições, participar das decisões, das comemorações, vai tecendo sua vida social, autonomia individual e conquistando reciprocidade grupal.

Faz-se necessário ensinarmos Estudos Sociais nas nossas escolas para que possamos mostrar aos nossos alunos toda essa rede de vidas entrelaçadas, pois que cada indivíduo vive sua vida entremeada com outros tantos indivíduos. Fato importante que devemos permitir, dar a conhecer aos nossos alunos, é que a história se faz presente em nossas vidas hoje, com determinados fatos, relevantes ou não, mas que se dão também com outros, e com mais outros, ao longo da história da humanidade. A cada nova descoberta, e a cada vez que se encontram soluções para determinados problemas, vivenciados por determinados grupos, precisamos perpassar para além dos tempos, para outros tempos, dar a conhecer esses fatos, conquistas e soluções a tantas pessoas mais. Por exemplo: a descoberta da roda foi um marco histórico que possibilitou tantas construções com sua utilização: o automóvel, o carrinho do bebê, a roda do patinete,... e tantas outras rodas que foram sendo usadas em tantos outros objetos necessários ou não, importantes ou não, mas que permitiram ir muito além do “carrinho de pés dos Flintstones”. Mostrar aos nossos alunos o surgimento da escrita e o “seu antes da” , como necessidade de decodificar a sua leitura, comunicar-se mais precisamente com os outros e permitir então um diálogo entre diferentes, ou mesmo iguais ou semelhantes é muito importante. E aqui é necessário para que os indivíduos, aqui denominados simplesmente alunos, possam entender essa necessidade da comunicação. E assim, possam também desenvolver esse diálogo entre si e com todos. Em todos os tempos, com todas as suas implicações, todo indivíduo precisa “sair da casca”, “sair” debaixo da asa da progenitora”, ganhar o mundo e alçar vôos para além do horizonte. Isso, penso eu, deve permitir uma maior e melhor aprendizagem aos nossos alunos. Mostrar-lhes outras histórias, de outras comunidades, de outros povos, de outras épocas, de outros tantos olhares diferentes, divergentes, convergentes... Saber que outros olhos também olharam o que hoje vemos, pode nos possibilitar melhores condições de vida, trazendo-nos mais felicidade, prazeres e alegrias. Desafiar nosso aluno a adentrar nesse mundo dos outros, como algo importante para a construção do seu mundo, sabendo que o que foi passado trouxe lições e melhorias ao presente, e que possibilitará o vislumbre de um futuro mais promissor, será de grande valia para a construção de um aluno mais crítico, portanto conhecedor de práticas possíveis, para a transformação em favor de seu grupo e também dos outros grupos entrelaçados.

Permitir aos nossos alunos que conheçam e decifrem outros modos de vida e produção que já existiram e ainda existem, podem possibilitar-lhes tantas comparações com o que temos e vivemos hoje, pode abrir horizontes em busca de novas lutas para melhorar o convívio social, a qualidade de vida que vivem e ainda garantir-lhes direitos cidadãos, como sujeitos que contribuem com o Estado, e que necessitam receber em troca algo melhor para sua comunidade, mais benefício do que recebem. Caso não conheçam outro modo de vida, de produção, de partilha e distribuição, como poderão querer reivindicar melhorias? Como criticar um sistema se não temos outra comparação? Como ser sujeito se deixamos que vivam sem objetividade, na obscuridade? Memorização de datas comemorativas? Primeiros presidentes? O que nossos últimos governantes têm feito para que melhoremos? O que nos dão em troca do tanto que arrecadamos? Meus pequenos têm todo o direito de serem informados de tudo isso! E eu tenho obrigação, como educadora, como cidadã paga pelo Governo, de mostrar-lhes isso. E faço isso, sempre. E olha que meus pequenos têm entre 4 e 8 anos de idade. Com certeza aos 28, saberão muito bem onde vivem, como vivem e o que precisam fazer para viver melhor, em grupo, em comunidade. Saberão buscar melhorias, reivindicar melhores condições de vida. Estou sendo muito ousada, será? Quero daqui a 20 anos vê-los felizes, quero que tenham vez, e que possam manifestar sua voz, em alto e bom som: eu sou cidadão que luto por meus direitos e pelos direitos dos outros!

As autoras Aracy do Rego Antunes, Heloísa Fesch Menandro e Tomoko Iyda Paganelli, em seu livro Estudos Sociais – Teoria e Prática, tão bem colocam essas questões, quando falam “a compreensão dos conceitos do processo de integração social dos indivíduos na sociedade atual é fundamental para que o professor realize um trabalho pedagógico mais consciente e de mais qualidade”.

A disposição dos conteúdos constantes da grade curricular como Eu, Família, Bairro, Município, Estado, etc. a meu ver não modificam muito a importância que se deva dar aos Estudos Sociais, como parte integrante desse currículo. Claro que simplesmente EU, não diz muito de mim e do outro que me cerca; FAMÍLIA não contempla todas as denominações existentes, nem seus tipos, sua constituição, sua inserção numa determinada região, ou país, ou continente. MUNICÍPIO diz só do meu, não dos outros meus que existem, aqui no nosso Estado são 497 (?). Mas, o que penso ser mais importante ainda é “ o que o professor faz com essas questões, o que permite de discussão, de construção com seus alunos e o que ensina disso tudo”. Sou EU sozinho? É só minha família, só desse jeito? Sem outras constituições? Afinal, todo município é igualzinho ao outro, em nada difere? Em nada se assemelha? O que podemos generalizar, o que é específico, o que é possibilidade para todos?

Aqui gostaria de registrar um projeto que estou desenvolvendo nesse anos com meus pequenos do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental na E E Professor Diestchi, em Rondinha- Cada aluno escolheu um lugar ou assunto para pesquisar, essa pesquisa se dá uma vez por semana na biblioteca, com um aluno só, apresento-lhes todo o material impresso que temos: Atlas, enciclopédias, livros específicos, mapas, revistas, jornais, Globo... e os ajudo a ler, comento e destacamos o que acham mais importante; a professora Lu, pesquisa com esse aluno na Internet, mais ou menos uma hora nesse mesmo dia; também procede a leitura e eles classificam o que é mais importante. Tudo anotado, no outro dia fazemos nossa “roda de socialização” dessa pesquisa: conversamos todos os alunos sobre todos os pontos anotados, e aqui vamos tecendo nossas comparações, descobrindo coisas de outros lugares, questionando o que nós temos aqui que são semelhantes, o que tem de diferente... Nossa, sai cada coisa interessante nesses momentos que alguns até emocionam! Meus pequenos se debruçam sobre os mapas, localizam os lugares, encontram seu local de nascimento, o lugar que o veranista vizinho mora; lêem as legendas, descobrem fronteiras e limites; conversam sobre noite e dia, no girar do globo, falam da falta de luz do sol,... E o brilho da curiosidade que destaca seus olhinhos por muitas vezes me emociona. Tão pouco isso que fazemos e eles mostram-se tão ávidos, satisfeitos e felizes só com isso! Essa é a melhor parte de ser professora. Todo esse trabalho está sendo (foi) registrado nesse endereço.

Rubem Alves disse, no vídeo que assistimos para o trabalho do Seminário Integrador diz na sua entrevista: “O segredo da educação é a cabeça do professor”. Vale para essa interdisciplina também. Minha indagação fica mesmo por aqui: O que eu, enquanto professora e aprendente posso possibilitar aos meus alunos aprendizes, e que juntos possamos construir muitos saberes, saberes já sabidos ou não, construídos ou em construção, mitificados ou desmitificados? Cabe a mim levar essa discussão ao redor de todo esse envolvimento de redes entrelaçadas dos indivíduos que vivem vidas juntas ou separadas, para que junto possamos entender e viver e conviver com essa gama de tanta coisa junto e possível. Então a ordem, o nome ou o que quer que se denomine como conteúdo ou tema, passa a ter menos importância se eu sei do meu papel e da responsabilidade que tenho enquanto educadora de levar isso tudo para a sala de aula, além de simplesmente ensinar-lhes a escrever seu nome, o nome do seu pai e a data do aniversário do município! Importa que possamos construir, desconstruir e reconstruir todas as possibilidades de aprendizagens, minha e do outro, com o outro e os outros. E como diz Marina Colassanti em seu “A moça tecelã: E tecendo ela própria trouxe o tempo.. que viveu... e começou a desfazer sua tecitura, aqui viu a possibilidade de tecer um recomeço...”.

Trouxe a atividade inteira, pois pensei ser bem merecedora de estar aqui, pois as reflexões são bem pertinentes ao meu trabalho de conclusão do curso.

Stela em 15.10.2010

Eixo 4 - Estudos Sociais 1

Atividade postada na interdicisplina e que fala da minha prática em sala de aula, que diz toda minha fala, mostra minha ideia e como lido com os conteúdos de História em sala de aula, e que é o meu foco do TCC:

"Meu trabalho é com alunos pequenos de educação infantil, entre 3 e quatro anos, e no de 1º e 2º anos do ensino fundamental. Por isso, meus conteúdos dos Estudos Sociais são sempre desenvolvidos através da história de cada um, envolvido em suas redes de construções históricas: meu nome, quem escolheu, por que esse nome, que significado tem,... Onde estou inserido: com quem moro, quem cuida de mim, o que faço sozinho, o que preciso de ajuda de outros, aonde vivo, que lugar nasci, que lugar moro hoje... Que espaços freqüento: escola, igreja, clube, roda de amigos, lugares que conheço, aonde vou e com quem?...Quem são os meus amigos, mudei de cidade?... O que gosto, o que não gosto, o que quero é possível agora ? Tenho tamanho, idade, maturidade? Cada coisa no seu tempo, cada coisa no seu lugar?! Posso fazer tudo o quero, quando quero, no lugar que quero? Cumprimento de regras, convenções, dúvidas, certezas... Enfim, tudo se vai construindo e se modificando com o passar do tempo. Essas modificações, transformações, construções e reconstruções também vão se modificando, amadurecendo, crescendo, ensinando e aprendendo.
. Esses acontecimentos, esse “passar o tempo e suas transformações” tornam-se necessários para se viver e conviver em nosso mundo atual, nas novas sociedades, formando-se novos grupos Todas essas transformações são para o bem? Ou algumas podem nos fazer mal? Por exemplo: destruição da natureza, retirada de dunas, matas, construções de rodovias, túneis, escavações, extinção de animais, modificação da paisagem natural?
...
Esses são os conteúdos que geralmente aparecem no meu trabalho diário sobre o “Lugar onde nasci, vivo e moro”. E as construções que faço na minha vida inteira.

Aqui é outro recorte da mesma atividade, num momento de fala sobre a memória da nossa vida, a nossa história vivida..

"Nossa história registra-se em nossa memória pelos fatos e acontecimentos vividos. É também registrado em documentos importantes: certidão de nascimento, carteira de identidade, carteira profissional, certidão de casamento, de óbito. Daí segue-se uma linha de registros como registros empregatícios, bancários, fotográficos, musicais, de moda, cartas, ofícios, atas, ... Acaso nossa memória não nos permita buscá-los, temos esses escritos que buscamos e retomamos essas lembranças.
Essa história é impregnada de emoções, sentimentos: traz consigo alegria, risos, dor ou sofrimentos. Delas podemos tomar forças pra buscar algo com mais afinco, com mais garra, podemos garantir conquistas e também pode nos levar às derrotas, as quedas, aos tombos... Mas pode nos tirar do “fundo do poço!” Ou nos elevar ao “paraíso celestial” num momento. Num átimo de segundo podemos ir ao ápice das nossas lembranças e nos regozijarmos, nos deliciarmos, nos lambuzarmos de felicidade, ou de tristezas!
Nossa história se dá através das nossas vivências, das nossas relações com o outro e com os grupos, é história pessoal, individual, ou coletiva. Todas as nossas vivências nos deixam marcas, umas mais leves, que nem nos lembramos mais, talvez num encontro com alguém do passado, (ou até mesmo recente), ela possa aparecer, mas sem muita importância, nem lembramos direito ou relegamos ao “não fez diferença”. Porém, há marcas tão profundas, que ficaram tão arraigadas na nossa memória, tão doídas, ou ainda tão emocionantes, que lembramos para sempre facilmente, e que logo nos vêm à memória, por um motivo, ou até mesmo por qualquer motivo. E essas lembranças marcantes, carregamos conosco pra sempre, durante toda a nossa vida, durante toda a construção da nossa história, quer por nos trazer alegria ou dor, que por nos delegar um comportamento idêntico, parecido ou por aversão a tais fatos ou acontecimentos e que transparecemos ao nos depararmos com essa situação ou nos defrontamos com elas sem percebermos!
Muitas vezes, esses fatos, acontecimentos, nem são de lembranças nossas, foram vividas pelos nossos pais, ou alguém muito especial que fez ou faz parte da nossa vida, que depois nos contaram. "


Stela em 15.10.2010

Eixo 4 Estudos Sociais

Estou trazendo meus escritos realizados nessa interdisicplina do eixo 4 visto que tem tudo a ver com meu TCC: É possível ensinar história na Educação Infantil?

Recortei essa fala que escrevi numa proposta de atividade da Interdisciplina Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, do eixo 4, e que fala da minha prática sobre o desenvolvimento desses conteúdos em sala de aula, e tratam do tema específico que trouxe para meu TCC: O ensino de história na educação infantil:

A leitura do texto “Do acaso à intenção em Estudos Sociais” de Maria Aparecida Bergamaschi, trouxe muitas informações sobre a história da apresentação dos conteúdos de Estudos Sociais nas nossas escolas em tempos passados, mostrando-nos um tempo bem concreto, onde eu mesma vivi essa prática como aluna nos anos 70/80, onde era-nos mostrado um Brasil de “heróis”, que lutaram guerras “inexistentes-distantes-forjadas... reais ou imaginárias?!”. Bem longe da nossa realidade de pescadores, pioneiros batalhadores na construção de uma nova “metrópole litorânea”, hoje nosso querido município de Arroio do Sal, abrindo estrada na mata, em direção ao mar, viajando em carretas puxadas por bois, fazendo charque do pescado e lutando pela sobrevivência em condições nem sempre favoráveis: chuvas, ventos constantes e muitos quilômetros distantes da praia. Caminhando sob sol forte, descansando à beira do arroio, sob frondosas árvores, iscando “espinhel”, malhando redes, fazendo balaios com palhas e cipós...


... minha prática pedagógica na aplicação dos conteúdos de Estudos Sociais refere-se basicamente a construção da história de cada aluno, inseridos numa mesma comunidade, vivendo em grupos diferentes, mas que se encontram periodicamente em grupos comuns. Trabalho com alunos pequenos, de 4 anos na educação infantil e de 6 a 8 anos nos anos iniciais do ensino fundamental, e procuro sempre “integrar as vivências de cada aluno, suas individualidades, suas significações, o seu passado (o nascimento) a construção do seu presente (referindo o seu crescimento, as mudanças que vão ocorrendo, no tamanho, desde dependência para alimentar-se, vestir-se, ser levado para algum lugar, até o hoje), comparando com a vivência do outro, com as características do outro, com as diferenças de pensar e de viver e de fazeres. Incluindo aí a família (pessoas com quem moro, quem vive na minha casa), onde moro, quais benefícios tem na minha rua (luz elétrica, calçamento, água tratada, , comissão de bairro, quem luta por melhorias,...) raça, crenças, gostos e preferências. Uso também a origem da família, de onde vieram? Porque saíram de lá? O que os trouxe até aqui? Visto que somos uma praia litorânea e que demanda muito emprego no verão, temos muitas famílias que migram para cá em meados de novembro, mas que temos um inverno de baixíssima temporada, sem emprego, sem muita opção de sobrevivência financeira e isso faz com que muitos voltem pra cidade de onde vieram e retornem na alta temporada, gerando um ir e vir constante, sem fixar raízes, sem aprofundar amizades, sem muito apego. Como diz a Madalena Freire “o planejamento tem que ser aberto e carregado de possibilidades de ensino para a cidadania crítica, onde os alunos possam participar da aprendizagem e do processo histórico que estão vivendo, inseridos naquele espaço e naquele tempo”. Como meus alunos são pequenos, utilizo muito a “roda de conversa” para tratarmos todos esses assuntos, então fazemos registros, geralmente em desenhos dirigidos, mas feitos livremente pelos alunos, e registrados em livrinhos individuais. Penso que com esse trabalho simples que faço consigo que meu aluno pense um pouquinho de si, mas também conhece um pouquinho do outro e de como vivem, onde vivem, porque vivem nesse momento aqui e em outro momento noutro lugar...
Stela em 15 de outubro de 2010.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eixo 4

Visitando minhas postagens no portfólio desse IV eixo, não encontrei muitas reflexões da interdisciplinas, apenas algumas do seminário integrador 4. Das interdisicplinas pouco encontrei, e nada que me trouxesse alguma reflexão maior para trazer aqui.

O que encontrei do seminário integrador foi bem importante rever, pois trouxe a atividade realizada em sala de aula, com os alunos, onde registrei como evidência da tarefa proposta a criação de um "Livro das Curiosidades", onde ali deixei regsitrada a importãncia da tarefa do professor perguntar mais ao aluno, até escrevi essa fala:

"Necessário se faz que tenhamos uma fazer pedagógico novo para esse assunto: " a escola pressupõe o lugar do conhecimento, da produção da cultura, da desmitificação do certo/errado, da verdade/inverdade, da comprovação e da aceitação." Na sociedade contemporânea se faz necessário ampliar as possibilidades de representações, sem dominação do branco sobre o negro, do pobre sobre sobre o rico, do homem sobre a mulher. Desmitifiquemos o senso comum e passemos a ter uma escola de produção de verdade e comprovações, dúvidas e questionamentos, de construção de conhecimentos, de pesquisa e buscas constantes!"

Isso me fez relembrar as atividades que realizamos em meu estágio curricular, onde trabalhei com as histórias de todos os alunos, cada um com suas individualidades, e que agregamos em coletivo na turma, onde todos compõem a coletividade da turma, trazendo suas verdades e ampliando-as, unindo-as com os outros indivíduos que ali estão.

... "quando um professor pretende saber tudo, as crianças ficam com a impressão de que o conhecimento consiste em somente emitir resposta memorizada, em vez de algo a ser buscado e criado". Aqui me lembrei de quantas vezes caímos nesse erro. Nós mesmo precisamos admitir que não acertamos sempre... Mas, o mais importante de tudo isso que me ficou, foi a certeza de que todos nós podemos modificar nossa a prática pedagógica, melhorando-a diariamente. Podemos começar a praticar mais "perguntas" ao invés de dar tantas respostas aos nossos alunos."

Palavras interessantes essas que escrevi, lá no início de 2008, e que me acompanham durante esses anos todos de trabalho na escola, mas que por vezes, nos esquecemos, e acabamos por simplesmente reproduzir uma educação de faz-de-conta que ensino enquanto a maioria dos alunos fazem de conta que aprendem!

O importante de tudo é a lição que fica e que podemos sim fazer diferente o nosso dia-a-dia na escola, possibilitanbdo nosso aluno de trazer suas histórias para dentro da sala de aula e partindo dela, engendramos todo o conhecimento que o aluno traz e que agregamos ao saberde todos.

Stela 14.10.2010.

sábado, 9 de outubro de 2010

Eixo 3

A Interdisciplina de Ludicidade propôs nossas tarefas através dos fóruns. Ali encontrei alguns registros meus bem importantes, e fiz um texto a partir daquilo que ali escrevi, para essa postagem. Sei que não é necessário que se faça postagem para as interdisicplinas separadamente, mas algumas são bem importantes de serem revisitadas e servem para refletir e evidenciar meu trabalho.

Fizemos muitas descobertas ao longo desse terceiro eixo, em especial nessa interdisicplinas, pois aqui nos foi oportunizado material teórico e solicitada nossa prática, nossa reflexão a cerca do brincar e do brinquedo. E isso permitiu que trouxéssemos nossa prática para o espaço do fórum, onde discutimos e apresentamos juntamente com os demais colegas sobre nosso trabalho diário.

Salientei que trabalho com a educação infantil e os primeiros anos do ensino fundamental, que não só exige atividades lúdicas, como muito se faz brincando. Aliás, na educação infantil nosso maior foco são brincadeiras e brinquedos, pois é o momento próprio, o espaço permite e o currículo comporta, além dos pais e da gestão administrativa compactuarem com essa prática.

Também realizei um registro, a cerca das séries finais do ensino fundamental e quero deixar aqui:
“Estive pensando, em meio a tantos sonhos, uma coisa muita séria que acontece quando os nossos alunos saem do currículo por atividades (4ª série/5º ano) e adentram o ensino por áreas (5ª série), muitos deles passam a sentir-se como o príncipe sem sonhos... Quantas dificuldades eles encontram nessa passagem que acabam perdendo a capacidade de sonhar, e aí, não conseguem mais ver estrelas, mesmo com céu aberto, limpo e claro! Então, teremos que nos tornar avós, para então mostrar-lhes que as estrelas estão sempre lá. (Essa fala se refere ao texto Sonhos, apresentado como proposta para as atividades refletidas no fórum).

Outro recorte que trouxe do mesmo fórum:

Estava lendo os sonhos dos colegas e lembrando dos meus tantos sonhos já realizados e tantos ainda que quero sonhar! Temos um sonho juntas, Mara Braum e eu: sonhamos com a \"escola da Ponte\" aqui na Diestchi. Vimos sonhando com essa escola aberta aos nossos alunos desde o semestre passado, quando tivemos o prazer de conhecê-la. E já estamos dando uma forcinha pra esse sonho acontecer: juntamos nossas turmas e realizamos muitos trabalhos juntos, pesquisas, artes, teatro, música, rimas, textos, alegria, prazer, respeito, diversidade cultural,... Juntamos também alguns pais que nos auxiliam sempre que os solicitamos. É um bom começo."

Para encerrar essa postagem acerca da Ludicidade e da sua importância em minha prática diária, acrescento essa fala trazida do mesmo fórum:

“Mas, não podemos deixar de sonhar, sempre mais. Meus sonhos são muito comuns, diria eu. Sonho com uma escola onde todos se sintam felizes. Um lugar onde pessoas se encontrem, cotidianamente, para partilharem alegrias, diversão, conhecimento, sabedoria,... Um lugar aonde se chegue sorrindo e se saia sorrindo. Brincar muito é algo que procuro ensinar aos meus alunos, sempre, pois da brincadeira se leva o mais gostoso pra vida lá fora, e aqui dentro também.” (Stela Maris da Rosa Dias, (2007), registrada no Fórum Sonhos da interdisciplina de Ludicidade, do eixo 3.)

Aproveito o espaço e quero deixar o registro da importância que o espaço do Fórum no ambiente ROODA foi para mim, pois nesse espaço encontrei pessoas que ali passavam para deixar sua reflexão e que dialogávamos juntas. Embora alguns colegas não chegassem até ali, outros tantos "conversavam" entre si, sempre partilhando experi~encia, vivências e também contribuindo para a construção de nossa aprendizagem conjunta, virtualmente.

Stela em 09.10

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Seminário Integrador Eixo III

Esse registro foi postado no webfólio do seminário III, e trouxe aqui pois foi o trabalho a partir desse filme que me fez entender, compreender o que era necessário trazer para as reflexões do protfólio, em termos de apresentar evidências do meu fazer, dentro das propostas solicitadas para a tarefa, além de ter me feito olhar diferente para os meus alunos e todo o meu trabalho.


Síntese do Fórum do filme
« Doze Homens e Uma Centena »



Após debate n o fórum, conforme as postagens e comentários feitos pelas colegas do grupo VIII, chegamos a conclusão de que as evidências não nos dizem, de fato, o que é real e verdadeiro. Faz-se necessário que tenhamos um amplo debate para que possamos, através de uma argumentação firme e indagadora, chegarmos as nossas conclusões. Importa sim é que se discuta, se dialogue e se conteste as evidências, para que se tenha a possibilidade de um outro olhar àquilo que parece ser o certo, à primeira vista. Necessário se faz que tenhamos conhecimento daquilo que vamos discutir, pois somente conhecendo é que poderemos lançar mão de uma boa argumentação, para então convencermos aos outros, que estamos no caminho certo, para termos credibilidade no que dizemos. Não tenhamos tanta pressa em darmos o nosso veredicto! Somente adotando essa postura de conhecer, para então debater o tema/assunto não correremos o risco de julgarmos apressadamente aquilo que vemos, ou pensamos ver, incorrendo assim num erro maior ao fazermos nossos julgamentos apressada e erroneamente. Talvez nos enganemos, em alguns momentos, e por isso é mais que tempo de paramos e pensarmos se de fato estamos mesmo fazendo um pré-julgamento ou não dos nossos alunos, pois nossa profissão não pode nos permitir errar assim, sem nem menos dar o benefício da dúvida às tantas evidências que se nos apresentam constantemente.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Reflexões Eixo 3

Foto: Arroio da Bom Jesus-Arroio do Sal (Stela Dias-2009)


Eixo 3 no portfólio

O Eixo três, dedicado às artes, a literatura e a ludicidade somou muito em minha carreira profissional, pois me apresentou a teoria que faltava para embasar e legitimar meu trabalho, já há muito tempo dedicado a essas disicplinas, na escola.

Esse eixo me proporcionou trazer muito daquilo que faço em sala de aula, e me oportunizou falar disso tudo, me emprestando mais alegria naquele final de ano de 2007. (Pois o trabalho de 40 hs que realizo em sala de aula, mais minha filha Marina, pequena, e minha vida para dar conta estavam me exigindo muitas cobranças, de todos os lados).
Mas essas artes, a plástica, a música, o teatro, a literatura, a ludicidade e o seminário integrador, através das exigências de trabalho, me permitiram comprovar, através de tantas evidências, o meu trabalho em sala de aula e o quanto aproveitei desse estudo para benefício dos meus pequenos.
Trago aqui o link desse semestre, clique e confira.

O Eixo 3 proporcionou muita diversão, muito ritmo e muito trabalho na escola: nossos alunos do turno da tarde, na Dietschi, realizaram várias atividades interdisicplinares, onde Mara Braum e eu realizávamos muitas atividades em conjunto, juntado as turmas e fazendo “nossa escola da Ponte”: teatro, música, dança, cenários, folclore, etnias, alegria, vibração, encenação, decoração, comemorações... Fizemos muita coisa bacana nesse semestre.
Para finalizar o ano letivo na Diestchi, terminamos com uma “Noite Natalina”, onde os alunos apresentaram músicas e danças coreografadas por eles próprios, produziram vinhetas, teatro de apresentação das atividades desenvolvidas durante o ano e decoramos o local (um restaurante local) com as artes realizadas pelos alunos. Ao final da “Noite”, o proprietário solicitou que deixássemos a decoração ali, para embelezar seu comércio.


Promovi também, uma pequena mostra de arte na Cidade, intitulada “A ARTE INVADE A CIDADE”, onde expus os trabalhos dos alunos no comércio local de Arroio do Sal, nas Festas de fim-de-ano. Essa mostra aqui não registrei.

Registrei nossa Mostra de Arte na Dietschi no meu wiki, nesse endereço:

Nas várias postagens em meu portfólio, registrei muitas reflexões acerca desse eixo, usei muita cor, fontes diversas, e abusei das imagens, além de trazer uma fala muito leve, mas carregada de aprendizado, onde os argumentos estavam evidenciados em meus escritos sobre o trabalho desenvolvido.

Fiquei encantada com esse eixo, me aprofundei nas artes, aprendi muito sobre o que fazer para trazer o mundo da pintura, da arte plástica aos meus alunos, mas sempre contextualizando a produção do meu aluno com a realidade que temos, aliando artistas mundialmente conhecidos com as nossas artes locais, pessoais, imprimindo com isso a nossa autoria.

Como evidência comprobatória do quanto me envolvi com esse eixo, trago como fruto de trabalho um projeto que desenvolvo com meus alunos já há dois anos, intitulado “Artistas Locais”, onde os alunos e as famílias se integram e realizamos vários trabalhos de artes plásticas ao longo do ano. Já realizei duas mostras dessa arte, uma em março/2010, na escola Infantil Bem-Me-Quer, e outra em maio na escola Dietschi. Temos outra já em andamento para o mês de novembro, em outra escola Municipal, aqui de Arroio do Sal.
Os registros se encontram aqui e aqui.
Também está em fase acordo, já aceito, para apresentação da Mostra de Arte Local em Osório, no Fórum Internacional de Educação, de 2011.

Essas e outras tantas atividades que venho realizando ao longo desse tempo foram proporcionadas pelo eixo 3.

Stela Maris da Rosa Dias
Em 06.10.2010 às 21.50

domingo, 3 de outubro de 2010

EIXO 3

Foto de setembro/2010: Flor de Bem-Me-Quer na primavera


Esse eixo foi dedicado às artes, literatura e ludicidade.
Aqui começaram oe registros no portfólio e iniciei minhas reflexões trazendo argumentos e evidências de minha prática em sala de aula.
Nos dois primeiros eixos tivemos que dar conta de apropriação das ferramentas, refletir nossa formação e mudar nosso olhar de tudo isso que envove nossa profissão:

1. ver a nós mesmos enquanto profissional da educação e enquanto pessoas capazes de aprender o novo e permitir essa aprendizagem

2. ir em busca de novos metodologias, que possibilitem uma melhor prática em sala de aula

3. aprender um novo olhar de nós e dos alunos, da escola e da sala de aula, do real, do virtual e dos possíveis que devemos acontecer.

Esse terceiro eixo me remeteu então às artes, a apreciação da expressão, a possibilidade de sonhar, minha e do meu aluno, do meu fazer, do nosso "estarmos juntos"...

Aqui, depois do grande susto de voltar as atividades escolares como estudante, com 40 horas de trabalho semanal e família para dar conta, com uma filha pequena (sonhada, esperada demais), e com 43 anos de idade, tive a oortunidade de rever, repensar, refazer, meu trabalho de cerca de 10 anos de sala de aula.
Apesar de não ser acomodada e estar sempre em busca de melhorar minha prática profissional, a entrada na universidade para cursar a graduação me fez sacudir a vida que eu vivia.

Esse terceiro eixo veio a colorir um pouco mais minha vida e também me trazer muita teoria, me fez entender a importância e necessidade de aprimorar meu trabalho diário com o conhecimetno que veio trazendo ao longo do período.

Stela em 03.10.2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Reflexão Final Eixo 2

Foto: Abstrato de Camilla Machado, artista arroissalense.

Refletindo o eixo 2 na construção de competências adquiridas para finalizar o curso com a construção do TCC.

O eixo 2, do segundo semestre do curso, de março a agosto de 2007 trouxe muitos estudos práticos partindo das teorias apresentadas.

Todas as interdisciplinas ali trabalhadas teorizaram sobre a história da construção da escola e da infância. Esse eixo nos mostrou através dos textos e autores disponibilizados como se constituiu a escola como instituição de ensino e quais os ideais ali depositados desde o início da escolarização na instituição. Mostrou a criança adentrando esse mundo físico-teórico portador e construtor de conhecimento coletivo. Vimos que ao longo do tempo a escola e a criança vai-se modificando, conforme a humanidade vai caminhando.

Coisas importantes acompanharam esse eixo 2: a criança como ser social, na esfera familiar e na esfera escolar. A construção da escola como lugar de agregar crianças, alunos, desenvolvimento, potencialidades, conhecimento, construção, vivências, mundo, individualidades, pertencimento, coletividade, teoria e prática de ensino e de viva comum, conjunção de “mundos vividos”.

Das leituras relidas, dos textos ali postados e sugeridos, das atividades realizadas percebi o tanto que trouxeram de minhas vivências práticas enquanto profissional da educação que sou e enquanto sujeito aprendente que devemos todos ser ao longo de nossa trajetória profissional.

Pude perceber o tanto que nesse eixo 2, naquele ano de 2007 já trazia de proposta para a construção do meu TCC: O papel da escola no resgate da história individual dos alunos enquanto seres coletivos inseridos na turma.

O tanto que venho construindo de leituras de autores, pesquisadores e pensadores da educação e o quanto eu mesma já consegui compreender e apreender dessas leituras para construir minha própria fala, permitindo que o leitor possa visualizar essa autoria através da produção dessas reflexões que aqui venho postando.

Confesso que, atarefada que ando sempre, tive receio de não dar conta dessa atividade exigida de buscar nos anos passados toda a minha trajetória de estudos e toda a gama de re-construções que realizei nesse tempo, entre meu fazer pedagógico e os estudos realiados.

Dei conta até aqui e percebo o quanto é importante rever essa caminhada, afinal, necessário se faz rever o caminho, o que já vimos, olhar de novo, refletir o refletido antes. Agora com olhar pesquisador: o que eu construí ao longo dessa caminhada para constituir meu trabalho final, o TCC. Posso afirmar que minha caminhada vem me trazendo nesses longos anos de estudos, em cada semestre, um pouco da construção do meu trabalho de conclusão do curso.

As competências desse eixo foram conhecer/re-conhecer a história da escola e do aluno, de mim, do meu aluno e da minha escola também, durante esse segundo eixo de estudos.

Stela em 26.09.2010 às 16.50