terça-feira, 2 de junho de 2009

Educação civilização e barbárie

Atividade de Filosofia.

Essa interdisciplina está me exigindo muita busca.
Não consigo dar conta das propostas sem ter que procurar outos materiais e fazer novas leituras, além daquelas solicitadas!

Educação, civilização e barbárie.


Brandão, 1985, p.7 nos diz:
“Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com educação”.

Entendemos então que a educação ultrapassa e vai além do ambiente escolar. E como tal se faz processo: há caminhada, envolve busca, acomodação, possibilidades permissão, tempo. Constrói-se fazeres, aprende-se saberes. Procuramos novos rumos, desenvolvemos capacidades, desafiamos possibilidades. Agimos e interagimos com outro, conosco, com novos e velhos conhecimentos. Buscamos agregar, juntar, abstrair, formalizar. Pensamos e repensamos. Refletimos.

Civilização é o estágio de desenvolvimento cultural em que se encontra um determinado povo. Este desenvolvimento cultural é representando pelas técnicas dominadas, relações sociais, crenças, fatores econômicos e criação artística.

O desenvolvimento de uma civilização ocorre lentamente, pois é um processo e vários fatores influenciam no seu desenvolvimento, podendo ser movida pela vontade do seu povo ou de lideranças.

O termo barbárie tem dois significados distintos, segundo o dicionário, mas ligados: “falta de civilização” e “crueldade de bárbaro”.

A palavra bárbaro é de origem grega. E designava, na Antigüidade, as nações não-gregas, consideradas primitivas, incultas, atrasadas e brutais.

Conclusões:
1. Ao longo da história da humanidade, aprendemos que o “o homem venceu a solidão e a obscuridade das cavernas” e com isso conquistou o direito à formação de grupos, à confecção de seus próprios instrumentos, inventando suas necessidades e suprimindo-as pelo consumismo. Reinventando suas modernidades o homem conquistou espaços, destruiu a natureza, ganhou adeptos á sua causa, perdeu chão, destruiu a terra, mas continuou a querer mais. Virou sedentário e ganancioso. Quis mais poder do que já teve e tem. Para alcançar isso, não importa o preço. Galgou caminhos a qualquer custo!

2. Pensar a barbárie como coisa que ficou para traz é um pensamento um tanto equivocado, errôneo. A barbárie ainda hoje persiste, basta que liguemos a televisão, em qualquer canal. Todas as emissoras, sem nenhuma dúvida, retratam a barbárie que habita ao nosso redor: uma regressão ao homem primitivo. Noticias diárias: delinqüência, crimes, assassinatos, seqüestros, atrocidades, roubos e roubalheiras públicas, desvios de conduta, quebra das regras, matança indiscriminada. Morre-se por quase nada: um par de tênis, uma mochila, um óculos de sol, um jogo de futebol. Um professor apanha na escola de um aluno e o traficante é aplaudido por garantir sustento na comunidade!

3. Um professor hoje não pode ficar parado diante da tamanha violência que atinge nossas salas de aulas. Não é possível ficarmos anestesiados diante de tamanha crueldade que encontramos em alguns grupos, em determinados alunos, em vários locais. Necessário se faz que passemos a nos indignar com tantas coisas fora de ordem conforme Antonio Ozai da Silva fala: A partir do momento que não nos indignamos diante da realidade social, que aceitamos como naturais determinados fenômenos sociais, acabamos por admitir que parcelas de seres humanos são descartáveis. Ao perdermos a noção do humano, o que Adorno denomina de consciência coisificada, nos tornamos coisa e tratamos os outros como coisas.

4. Diante da nossa responsabilidade de profissionais da educação, cabe a nós então, elevarmos nossa profissão ao poder que ela detém, de fazermos com que nossos alunos percebam a importância de entenderem o porquê de as barbáries acontecerem e o que se pode fazer para evitá-las. Precisamos ensinar aos nossos alunos a refletirem criticamente, levando-os a pensarem com consciência intelectual, cultural e social. Todos nós temos o dever de promover essa reflexão primeiramente em nós mesmos e depois levar essa discussão às nossas escolas.

Bibliografia:
CARNEIRO. Néri P. Educação e educação escolar. Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/8120/1/educacao-e-educacao-escolar/pagina1.html

CIVILIZAÇÃO. Disponível em:
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/civilizacao.htm

LOWI, Michael. Barbárie e modernidade no século XX. Disponível em:
http://www.sociologos.org.br/textos/forumsocial/Artigo%20de%20Michel%20Lowy%20sobre%20Modernidade.htm
SILVA, Antonio Ozai da. Educar contra a barbárie. Revista Espaço Acadêmico, nº 39, agosto de 2004. Disponível em:
http://www.espacoacademico.com.br/039/39pol.htm

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