quarta-feira, 14 de novembro de 2007

ESPAÇOS DA ARTE




Visitamos o Margs e o Santander.

Para uma visita mediada dos pintores contemporâneos Francisco Matto, Öyvind Falhlström e Jorge Macchi.

Após a visita mediada, me senti como uma "expert" em artes visuais.

E gostaria de deixar registrado o quanto aprendi nessa visita, através da fala da professora Ana "estabelecemos relações particulares com as imagens: aquelas familiares, as que admiramos, as que estranhamos, aquelas que somos indiferentes... As impressões são resultado da nossa experiência com a arte em diferentes contextos".

Somente através dessa visita mediada, aonde tivemos uma pessoa que nos falasse sobre as obras, explicando o que deveria ser visto, ou nos tirando o que poderíamos estar vendo, através de bate papo juntos, é que pude entender várias das intenções das obras, o que os artistas queriam que víssemos...O melhor de tudo é que entendi e vi, exatamente o que foi intencionado, o que queria ser dito, o que nos diz, de fato, cada trabalho, tão contemporâneos, diferentes da arte que sempre conheci: cores, paisagens, natureza morta, pinceladas, aquela obra que diz exatamente o que mostra, sem nenhum subterfúgio, sem "entrelinhas", me atrevo a dizer "insossa" que eu conhecia!

Conhecimento deve ser feito e refeito através da teoria, em conjunto com a prática. Senão for assim, não passa de instrução.

Como é importante esse acesso à outras formas de ver e pensar arte.

A professora Ana também pontuou " para fazer arte na escola não podemos esperar sempre para termos material na mão, prova maior nos foi dada por Macchi, Matto e Öyvind: sua arte fluiu de pedaços de madeira, sobras, sucatas, restos, retalhos, mapas, fotos, vídeos... "
Comprovou meu fazer pedagógico nesse ponto, pois nunca esperei receber esses materias pra fazer arte com meus pequenos (até porque esses não viriam!) então me pego utilizando aquilo que está ao meu alcance: sucata, restos, sobras, retalhos, pedaços...
E posso agora embasar esse meu fazer mostrando que a arte necessita somente de artistas, tendo isso em mãos e os temos aos montes: nossos pequenos, podemos então construir muita coisa a partir desse material que temos! Está provado e comprovado pelas obras fantásticas que tivemos a oportunidade de ver!

Obrigada professora Ana Cláudia, por essa oportunidade.

Minha vida profissional, dentro das artes, nunca mais será a mesma, a partir da sua presença no Pead.

Um comentário:

Viviane disse...

Oi Stela!

Que relato maravilhoso! Muito bom ver o quanto a arte te sensibiliza e te modifica continuamente... Afinal, como disseste, isso ultrapassa uma simples instrução. Se teoria e prática estão interligadas, então a nossa vida está aí, né?
Tu sabe o quanto te admiro (tu, o teu trabalho, afinal, vocês estão juntos... são um só corpo...), e poder ver materializada na escrita a tua trajetória, as tuas aprendizagens, é muito bom!
Concordo inteiramente contigo também quanto ao fato de que a arte contemporânea é mesmo bem diferente da que ainda impregna o nosso pensamento: aquela arte "insossa", como tu disseste.
A arte contemporânea é mesmo pulsante, impregnada de vida, é só lembrarmos do trabalho do Macchi com objetos do cotidiano...
Stela, um prazer imenso acompanhar o teu trabalho. Admiração enorme por ti. Parabéns e voltarei mais vezes!
Bjs enormes pra ti! :-)