domingo, 6 de junho de 2010

REFLEXÕES NECESSÁRIAS

SEMANA OITO

Encontrei muitas dificuldades ao longo desse período de readaptação à uma nova turma, num novo espaço físico e tive que procurar, buscar novas estratégias em favor de unidade na nossa rotina diária.

Os alunos sentiram tanto quanto eu essas mesmas dificuldades, mas com uma grande diferença: não estão sendo avaliados em um estágio supervisionado de finalização de curso de graduação.

E com certeza isso tornou minha carga mais pesada do que a deles!

Um estágio supervisionado, por si só já traz muita dúvida, angústia e nervosismo. Isso tudo gera um estresse além do normalmente, e isso mexeu muito com minha estima, meu trabalho, minhas potencialidades.
Por diversas vezes me senti tentada a desistir de tudo.

E por outras tantas vezes retomei minha caminhada angustiada: não é possível desistir agora, na reta final.
Vou sobrevivendo a tudo isso.

Mas aos poucos vou reencontrando meu equilíbrio emocional necessário para dar contar de buscar mais, em fazer mais, em melhorar meu trabalho diário, pois quem precisa disso são meus alunos, e é por causa deles que aqui continuo.

Descobri algumas estratégias para concentrar a atenção dos alunos: utilizar atividades paralelas motoras, em conjunto com a roda de conversa, para que os alunos encontrem um ponto de equilíbrio enquanto o outro que está contando conte o que precisa, faça sua narrativa sem desvios de atenção ou a realização da tarefa com mais calma e tranqüilidade.
Ou que faça, ao menos, menos barulho com sua brincadeira para que eu ou o outro colega possamos ouvir a fala que precisamos ouvir, para entendimento e realização da tarefa proposta.

Aqui foi um trabalho garimpado, individualmente mesmo, com aqueles alunos que perderam seu rumo (até porque já eram alunos muito difíceis de se lidar) e que tiveram que retomar o trabalho com outros alunos disputando atenção ou para saber quem é o mais forte da turma!

As aulas começaram a melhorar quando me dei por conta que eu precisava buscar outros jeitos de atrair a atenção e concentração numa turma que havia se desfeito, e precisava se refazer; de novos e velhos alunos, de velha e de nova professora.

Estamos chegando ao final do estágio e estou a cada dia mais convencida que nós professores somos eternos sonhadores!

Sonhamos com impossíveis!

Mas sempre os tornamos possíveis:
Pensamos uma sala de aula diferente e fazemos uma aula diferente.
Refletimos no tanto que temos a fazer, buscamos novas metodologias, e conseguimos dar conta em nossa sala de aula.
Mas nem sempre conseguimos isso com alegria, com felicidade.



Olha que profissão bem difícil fui inventar de querer ser!

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