domingo, 26 de setembro de 2010

Reflexão Final Eixo 2

Foto: Abstrato de Camilla Machado, artista arroissalense.

Refletindo o eixo 2 na construção de competências adquiridas para finalizar o curso com a construção do TCC.

O eixo 2, do segundo semestre do curso, de março a agosto de 2007 trouxe muitos estudos práticos partindo das teorias apresentadas.

Todas as interdisciplinas ali trabalhadas teorizaram sobre a história da construção da escola e da infância. Esse eixo nos mostrou através dos textos e autores disponibilizados como se constituiu a escola como instituição de ensino e quais os ideais ali depositados desde o início da escolarização na instituição. Mostrou a criança adentrando esse mundo físico-teórico portador e construtor de conhecimento coletivo. Vimos que ao longo do tempo a escola e a criança vai-se modificando, conforme a humanidade vai caminhando.

Coisas importantes acompanharam esse eixo 2: a criança como ser social, na esfera familiar e na esfera escolar. A construção da escola como lugar de agregar crianças, alunos, desenvolvimento, potencialidades, conhecimento, construção, vivências, mundo, individualidades, pertencimento, coletividade, teoria e prática de ensino e de viva comum, conjunção de “mundos vividos”.

Das leituras relidas, dos textos ali postados e sugeridos, das atividades realizadas percebi o tanto que trouxeram de minhas vivências práticas enquanto profissional da educação que sou e enquanto sujeito aprendente que devemos todos ser ao longo de nossa trajetória profissional.

Pude perceber o tanto que nesse eixo 2, naquele ano de 2007 já trazia de proposta para a construção do meu TCC: O papel da escola no resgate da história individual dos alunos enquanto seres coletivos inseridos na turma.

O tanto que venho construindo de leituras de autores, pesquisadores e pensadores da educação e o quanto eu mesma já consegui compreender e apreender dessas leituras para construir minha própria fala, permitindo que o leitor possa visualizar essa autoria através da produção dessas reflexões que aqui venho postando.

Confesso que, atarefada que ando sempre, tive receio de não dar conta dessa atividade exigida de buscar nos anos passados toda a minha trajetória de estudos e toda a gama de re-construções que realizei nesse tempo, entre meu fazer pedagógico e os estudos realiados.

Dei conta até aqui e percebo o quanto é importante rever essa caminhada, afinal, necessário se faz rever o caminho, o que já vimos, olhar de novo, refletir o refletido antes. Agora com olhar pesquisador: o que eu construí ao longo dessa caminhada para constituir meu trabalho final, o TCC. Posso afirmar que minha caminhada vem me trazendo nesses longos anos de estudos, em cada semestre, um pouco da construção do meu trabalho de conclusão do curso.

As competências desse eixo foram conhecer/re-conhecer a história da escola e do aluno, de mim, do meu aluno e da minha escola também, durante esse segundo eixo de estudos.

Stela em 26.09.2010 às 16.50

Reflexões Alfabetização e Letramento

Foto: pré-escolar 2A setembro/2010.


Reflexão do eixo 2 – Fundamentos da Alfabetização

Revendo as atividades, relendo as postagens no webfólio e nos fóruns da interdisciplina organizei um texto a partir das leituras ali apresentadas de alguns capítulos do livro de Magda Soares, Letramento: um tema em três gêneros (2001), e os capítulos 1, 2, 3, 4, 5 e 8 do livro “Psicogênese da Língua Escrita”, escrito pelas pesquisadoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky.
Destaco a importância de conhecermos as teorias que cercam nosso trabalho para melhor realizarmos o nosso fazer pedagógico.

Uma das questões que levantei foi quanto ao trabalho de alfabetização onde “a descrença que muitos alunos carregam consigo de que não serão capazes de desvendá-lo (o mundo da escrita) é angustiante para nós, professores alfabetizadores, pois diminuem sua auto-estima e não auxiliam na sua construção pessoal”. E acredito nos estudos da Emília Ferreiro como sendo, de fato, um excelente começo para entendermos um pouco melhor o que acontece no processo da construção da aquisição desse conhecimento pelo nosso aluno. E isso pode muito nos auxiliar em nosso fazer pedagógico, contribuindo assim para melhorarmos nosso entendimento de como se dá essa construção, para que possamos mediar a busca do aluno na construção da lingua escrita.

Magda Soares nos ensina que atualmente “não basta apenas dominar as técnicas de leitura e escrita, mas é necessário saber fazer uso do ler e escrever, saber responder às exigências de leitura e escrita que essa sociedade faz continuamente. Denominando então o conceito de letramento, explicitando no texto referido que “o sujeito letrado é aquele que se envolve em práticas sociais de leitura e escrita”.

Recortei essa fala que escrevi num trabalho do webfólio e que traz o meu pensar sobre a importância das vivências do aluno serem reconhecidas na sala de aula e aproveitadas para a construção do saber coletivo, da socialização do seu saber, conjugando-o ao saber do outro, transformando-os assim num saber coletivo, adicionado do mundo vivido do sujeito e do mundo do outro sujeito, também vivido e que vem a ser partilhado em conjunto na escola.

Esse pensar se consolidou em minha prática de estágio e me possibilitou a reflexão para construir meu TCC a partir da investigação do papel da escola no resgate da identidade do aluno a partir da sua historia pessoal aliada à história da turma, acrescido de todas as identidades individuais que formam a coletividade da turma:

Relacionando letramento na minha vivência pedagógica, destaco o fato de aproveitar de meu aluno tudo aquilo que ele já traz para a escola: suas vivências cotidianas, seu dia-a-dia, o seu pensar, agir, as relações e trocas com o outro... A sua relação desse mundo escrito/vivido e sua compreensão da importância e diferença que faz esse conhecer, esse viver esse mundo e incorporá-lo às minhas necessidades, a descoberta de que meu mundo vivido é letrado, e por isso, passível de leitura e re-leitura. E que eu preciso conhecê-lo e significá-lo, para poder então, transformar essa leitura/escrita em possibilidade de mobilidade social. E entender que essa aprendizagem deve ser absorvida, internalizada, apreendida, para poder assim, apropriar-se desse conhecimento da escrita. (Stela Maris da Rosa Dias, (2007-1), postagem no webfólio do ambiente Rooda, do curso Pead-UFRGS).

A fala de Emília Ferreiro e Ana Teberosky destacada na leitura acima referida partindo das idéias de Piaget, diz que “sobre a construção do conhecimento, confirmou-se que a criança cresce, age e interage no seu ambiente, no mundo em que vive, e traz consigo esse conhecimento escrito vivido”, confirmam minhas ideias e legitimam minha fala descrita acima. Pois o sujeito que aprende está no centro do processo e é esse sujeito aprendente que vive o processo e que vai significá-lo, trazendo para o universo escolar as suas vivências.

Assim, esse conhecimento apreendido é o resultado da própria interação do sujeito no mundo vivido com o mundo dos outros sujeitos que ali estão vivendo suas histórias conjuntamente, desvendando a própria história e construindo a história coletiva, da turma onde estão inseridos. Utilizando assim, esse novo conhecimento adquirido em benefício próprio, podendo participar do seu mundo social com responsabilidade, e podendo modificar sua condição no mundo em que vive e atua, juntamente com o outro.

Stela Maris 26.09.2010 às 16.10

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

TCC E Eixo 2

Foto: Dia da Família na EEEF Professor Dietschi, apresentação do Laptop do projeto UCA.


Aqui construí esse texto ainda na mesma proposta anterior, partindo da leitura “A Maquinaria Escolar”, de Júlia Varela e Fernando Alvarez, que traz minha fala sobre família e escola, em seus papeis socializadores, e que também vêm ao encontro do meu TCC:

“Hoje, a família já perdeu seu lugar de socializar primeiramente seus filhos. Assim que nascem são levados à escola. Aos quatro meses já são colocados na creche, e lá permanecem até os 5 ou 6 anos. Depois, vão para a escola de ensino fundamental e podem permanecer aproximadamente até os 14 ou 15 anos. Depois vão trabalhar, já adquiriram “passaporte de adultos” e devem começar a dividir responsabilidades financeiras e domésticas igualmente em sua casa.

Nesse novo tempo que vivemos, os pais batalhando pela sustentação e manutenção das responsabilidades financeiras sobre suas famílias, sobra-lhes pouco tempo para organizarem seus filhos com regras e limites claros sobre como procederem. Mais permissivos pela falta de tempo e maior necessidade de suprir a casa, trocam essa responsabilidade primeira de educação social, pelo abandono das suas obrigações para com seus rebentos, legando mais essa tarefa para a escola. Aqui, aparece a escola como salvadora da pátria.
Então seus filhos, nossos alunos, querem fazer tudo o que querem, sem limites, sem regras, sem respeito ao lugar/vez do outro. Não querem mais permitir a autoridade na escola, afinal, vive-se num mundo cheio de iguais (ou diferentes) e precisa-se respeitar ao outro, não querem cumprir as regras de convivência. Com isso a escola passa a ter mais responsabilidades por esses filhos da contemporaneidade! Aqui a escola passa a possibilitar-lhes a construção de conceitos, valores e referenciais de vida em grupo, com responsabilidades e possibilidades de se inserirem no meio em que vivem, podendo ou não garantir-lhes uma transformação social.

A educação, direito de todos os cidadãos nascidos num certo país, deveria servir para que todos pudessem lutar por condições melhores de trabalho, de vida, de qualidade, lazer, saúde... Deveria garantir que todos tivessem as mesmas possibilidades, sem prejuízo dos menos desfavorecidos, mas que houvesse uma justa e igual oportunidade para todos! Onde todos e cada um, proletariado ou burguês pudessem lutar as suas lutas, de igual para igual. Sem prejuízo de muitos em favor de poucos pela demonstração do Poder.

Hoje, embora ainda permaneça muito arraigada essa dominação e manutenção do poder pelo Estado, em especial garantido pelos órgãos reprodutores, e aqui a escola, já vejo mais possível de acontecer uma escola diferente. Muitas dessas instituições já contam com profissionais que pensam e agem em favor da coletividade, possibilitando e permitindo aos seus alunos que sonhem e busquem uma melhor educação, mais democrática e igual para todos.

Voltando as minhas memórias, algo que sempre lembro é dos desfiles de 7 de setembro. Obrigatório sim, pois vivíamos em plena ditadura militar, mas algo inesquecível. Para o desfile, nos juntávamos em grupos e confeccionávamos cartazes, placas, painéis com os mapas do Brasil, eram feitas colagens de conchinhas do mar, de papéis rasgados (atividades em que podíamos nos agrupar e mesmo sem muita voz frente ao professor ou a classe toda, era nosso momento de partilha de saberes!). Eram tantas atividades manuais que nos enchiam de alegria! Gostava disso. Também representávamos alguns papéis nos desfiles: nos vestíamos de personagens, geralmente de família, e desfilávamos pelas ruas da cidade, marchando. Toda a população (que não era muita) ficava á beira da rua olhando.
Era uma coisa que eu gostava de fazer, pois os momentos de preparar as alegorias eram coletivos e os aplausos da população eram a recompensa do trabalho feito pela nossa mãozinha!

Depois fui estudar numa escola particular, Cenecista, confessional.
Embora a insituição fosse administrada com mão-de-ferro pelas freiras, os professores eram diferentes. Instigavam nossa curiosidade, pediam trabalhos em grupo, sempre.
Fazíamos muita pesquisa.
Apresentávamos trabalhos ao grande grupo.
O professor de Português, professor Laertsan Tavares Carvalho, sempre pedia leitura de livros, da nossa escolha. Importava era aprender a ler e compreender o que líamos, adquirindo a capacidade de dissertarmos sobre nossas leituras.

Hoje sou professora alfabetizadora, quarenta anos depois de ter ido a primeira vez a escola. Tenho orgulho da minha profissão.
Eu escolhi esse caminho já bem madura e depois de adulta.
E continuo bem contente na minha escola: realizada profissionalmente.

Ser professora é um desafio diário.
Nossos alunos não são como éramos: obrigados a calar a boca!
Hoje sentamos e conversamos diariamente sobre o que é melhor pra fazermos? Que coisas queremos e vamos fazer juntos? Como vamos dar conta de aprender e pra que precisamos aprender? Desafiamos cada vez a nossa curiosidade e inteligência para construirmos o nosso saber! O saber da coletividade construída no seu espaço, inserida no seu lugar em que vive!...
Stela Maris da Rosa Dias dia 24.09.2010 às 21.55

Eixo 9- TCC

Foto: aula na Biblioteca Pública Municipal, turma pré-2A, maio-2010


Relendo essa postagem de trabalho do webfólio a partir do texto “A Maquinaria Escolar”, de Júlia Varela e Fernando Alvarez, das Interdisciplinas "Escolarização e Infâncias onde devíamos responder perguntas sobre o referido texto construiu um texto com as minhas respostas dadas, visto que todas as minhas falas me remetem ao tema do TCC.


A história nos prova que a escola, o espaço que se utiliza para a escolarização, foi usado ao longo do tempo como “fábrica de submissão a quem detém mais poder: a igreja e ao burguês!” Mas, como o tempo passa e tudo se transforma, como uma lei natural, a escola também vem se modificando conforme a história vai se construindo.

Quando eu era criança e ia para a escola, aquele espaço era um lugar “fechado”, embora não houvesse muros nem cercas. Fechado Na discussão das ideias, na construção do aprender, na interação com o outro, com o professor. Nada era questionável, tudo era poder do professor, desde o saber até a nossa reprodução de aprendizagem.

Hoje a escola é um espaço totalmente diferente: sem muros, cercas, paredes, grades, alarmes, câmaras de observação. Mas vejo a minha porta sempre “aberta” (aliás, essa foi a primeira coisa que eu quis fazer quando professora: deixar minha porta sempre aberta!”).
A escola é um lugar aberto para as idéias, para a troca, interação entre sujeitos, sujeitos esses que constroem sua história juntamente com a história do outro, fazendo então uma nova história (Paulo Freire) nesse fazer/refazer junto com alunos, colegas, professor, família. Estamos construindo juntos esse novo espaço de escolarização.
E muitos colegas também comungam desse mesmo fazer, desse mesmo pensar dessa nova escola que hoje vivemos. Compartilhando saberes e construindo história! Mas existem também, nesse mesmo espaço que utilizo, outros tantos profissionais que continuam fechados para tal construção: ainda vivem ensimesmados no seu saber, no seu poder!

Se antes a escola tinha um currículo único, para todos os alunos, em todas as escolas, hoje já não é assim. Temos uma base curricular comum, é verdade, mas temos uma parte diversificada, e é aqui que devemos nos apegar, fazer acontecer na nossa região, no nosso mundo, no nosso espaço, tudo aquilo que precisamos para inserir nosso aluno nesse mundo, partindo do seu mundo vivido, da realidade de cada lugarzinho, para garantirmos um lugar ao sol!

Deixar de ser criança, viver esse tempo de brincar, de ser feliz, sem responsabilidades financeiras, domésticas, sem horários rígidos, sem cumprir tarefas, metas... Somente depois de passar pela escola. Mas uma escola em que se aproveita as vivências da infância de verdade, de construir saberes comuns a todos, então é que poderá trabalhar. Mas que essa passagem pela escola lhe garanta as mesmas oportunidades do burguês, do afortunado, do filhinho de papai! Que lhe possibilite a dignidade de um emprego, da garantia dos seus direitos, com a cobrança dos seus deveres, que lhes permita viver bem, dentro daquilo que nos deveria ser garantido através da constituição dos nossos direitos.
Que sejamos nós, professores, os precursores dessas possibilidades. Não tenhamos medos, tenhamos abertura para a construção dessa nova escola.
A escola que eu vivo, que eu trabalho, esse espaço físico que ocupo diariamente, duzentos dias letivos por ano, não tem mais esse significado de “enclausuramento” de outrora, que o texto aponta!

Sou educadora de pequenos, trabalho na educação infantil com alunos de quatro anos e no ensino fundamental com alunos de seis/sete anos, e penso ser muito importante o professor ter uma característica de dedicação, pois meu aluno, ao adentrar nesse mundo escolar, novo para si, precisa ser acolhido com muito cuidado. É necessário que encontre, nesse primeiro momento, fragilizado do rompimento com a família, na pessoa do educador, um profissional dedicado, que lhes atenda com afeto e que suas intervenções pedagógicas sejam de docilidade. Esses pequenos deixam a sua estabilidade familiar, o seu espaço primeiro de socialização e se inserem na escola: pessoas diferentes para atendê-los, cuidá-los e ensiná-los (desde a higiene básica, comportamento, boas maneiras até os trabalhos de coordenação motora, percepção, visualização, lateralidade, artes, expressão, linguagens,...) e precisam ser bem acolhidos!

É por esse caminho que acredito que “ter capacidade de dedicação, é a característica mais importante para a minha profissão”.
Sem nenhuma sombra de dúvida, dominar conteúdos, técnicas e métodos são os aliados que dão suporte teórico para se fazer educação na prática, e devem caminhar juntas com a dedicação acima expressada.
Pois o professor educador precisa ter conhecimento do que ensinar (aprender) e saber como fazer esse aprender (ensinar) acontecer ao aluno. É necessário partilhar isso, construindo junto com o aluno, permitindo-lhe apropriar-se desse conhecimento, que não é só do professor, e deve ser disponibilizado para a re-construção do saber coletivo.
Stela Maris Dias 24.09.10 às 21.35

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

EIXO 9- PSICOLOGIA II

Da Psicologia II recortei essa atividade, postada no webfólio, pois mostra uma boa reflexão, onde eu falava de minhas aprendizagens referentes as TICs, e que foram transpostas numa visão a partir dessa fala de Piaget :“Diferentemente do que diz o senso comum, para quem a aprendizagem é um processo passivo, Piaget (1976, p.37) insiste na ideia de que conhecimento é ação, transformação e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, aprendendo os mecanismos dessa transformação, vinculados com as ações transformadoras. Conhecer é, pois, assimilar o real às estruturas de transformações”.

"Essa aprendizagem me foi oportunizada através da escola formal, ao entrar no curso do Pead, oferecido pela UFRGS no segundo semestre do ano de 2006. A aula inaugural do curso de Licenciatura em Pedagogia à Distância, acontecida no dia 21 de agosto desse mesmo ano foi um fato marcante na minha vida. Histórico. Desafiador. Temerário.
Então, após muitas noites de choro, desespero, água com açúcar e até reuniões de família para saber o que poderiam fazer para que eu aprendesse a manusear as ferramentas, apareceu o maior anjo das minhas madrugadas: a tutora Roberta! Pessoa extremamente dedicada, disponível todas as noites, que me ensinava tudo de novo. (Aqui fiz muitos exercícios repetitivos! Poderia até parodiar o sobrenome Roberta Skinner?). Depois, chega a professora Mara Níbia, que então me acalantou tantas madrugadas mais. Conversávamos por longo tempo, trocávamos muita conversa sobre Paulo Freire, escola, filhas, estudos, ferramentas.
Precisei dispor de muita atividade prática no manuseio das ferramentas para que essa aprendizagem acontecesse, e claro, a orientação constante dos professores e tutores, virtualmente, foi parte muito importante nesse processo.
Apropriei-me das ferramentas, entendendo do seu uso e manuseio, após uma sequencia de ações práticas, com atividades e orientações que eu ia realizando no computador. Após algum tempo, meu entendimento de que eu tinha a ferramenta disponível, já havia obtido orientações necessárias para manuseá-la e já havia interagido com as próprias ferramentas, então chegara o tempo de eu mesma arriscar! Aqui, eu própria passei a fazer as minhas tentativas, realizar as atividades, procurar os ícones e botões necessários. Conforme ia levantando minhas hipóteses, através da ação de clicar, o aprendizado ocorria." (Stela Maris Dias - 2009).

A bibliografia disponibilizada para essa atividade foi: Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos”, e “O que é Construtivismo?” do Professor Fernando Becker, e “Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento” de Tânia Marques.

Psicologia

“Tudo está dentro da pedra, só raspamos as saliências necessárias”.
(Michelangelo).


As interdisciplinas referentes à Psicologia, tratadas no período do curso PEAD, foram disciplinas bem difíceis de se trabalhar, visto ser um campo amplo e denso para se adentrar, pelo fato de termos pouco conhecimento das teorias psicológicas que necessitamos estudar.

Embora tenhamos tido pinceladas do assunto em nosso curso de Magistério, e vivamos muitas situações engendradas na Psicologia, somos leigos no estudo e pouco sabemos do assunto.

Diagnosticamos dificuldades de aprendizagem, de relacionamento, de desenvolvimento psico-motor. Falamos bastante desses “nomes”, mas não temos embasamento teórico para “receitar muita coisa oficialmente” para sanar, ou ao menos amenizar esses comportamentos. Também enfrentamos outro desafio: nosso diagnóstico é sempre contestado por pais, por profissionais da saúde e até por nossos superiores.

Os estudos realizados nos três semestres dentro dessa Interdisciplina foram bem difíceis de dar conta, lemos Freud “Textos Introdutórios” e assistimos o filme “Além da Alma”.

Aqui tivemos muita dificuldade de entendimento aos conceitos usados pela teoria Freudiana, como ego,superego, id; menos difícil foi dar vazão a compreensão das fases de desenvolvimento pelas quais Freud afirma que os indivíduos passam a partir do nascimento: oral, anal, fálica, latência e genital. Pensar essas fases a partir da observação diária de nossos alunos foi uma tarefa mais fácil, pois temos a oportunidade de vivenciar situações que nos levam a encaixar determinados comportamentos que os alunos apresentam e então confrontar com esses estudos.
E podemos informar com mais propriedade de conhecimento os comportantos fora do esperado, repetitivos que alguns alunos apresentam, encaminhando-os a orientadora da escola que faz então um intercâmbio com os pais para auxiliar nessa dificuldade de adaptação do aluno ao convívio mais democrático com todos os outros, na turma e na própria escola.

Stela em 23.09.10 às 23.43

Eixo 2 - Escolarização e Infância

Fizemos uma leitura com o auxílio de glossário e reflexão do texto: “As crianças e a Infância: definindo conceitos, delimitando o campo” de Manuel Pinto e Manuel Jacinto Sarmento. "As crianças são tanto mais consideradas quanto mais diminui seu peso no conjunto da população". A partir daí, dizem ou autores "o mundo acordou para para a existência das crianças no momento em que elas existem em menor número relativo".

Essa leitura me remeteu a reflexões importantes: enquanto as políticas públicas se voltam a divulgação e exigência de cobrança dos direitos da criança, menos os políticos e gestores se preocupam com a operacionalização dessas políticas e garantia desses direitos.

Pois analisando a situação dos meus alunos confirmo que os pais têm sérios problemas para a garantia do direito básico, primordial de qualquer ser humano; o da alimentação. Por vezes sabemos que nossos alunos passam fome, não tendo uma dieta apregoada de frutas, carnes, verduras diariamente para uma saúde equilibrada e perfeita. E os pais estão desempregados, fazendo bicos, sem salário fixo e ainda são explorados em sua mão-de-obra desqualificada e por isso, mais barata de contratar.

Vivemos uma realidade de muita ostentação de “resolver o social com programas e ações” alardeadas mundialmente, contando façanhas incríveis de que damos conta de resolver as questões que são fajutamente engodo aos que assim se deixam iludir”!

Trago aqui um recorte da atividade que postei no webfólio “Somente a aquisição do direito, assegurado na Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada pela ONU, não permite a esses pais sustentar seus filhos dignamente. Conseguem, a muito custo, dar-lhes o básico. O mínimo necessário á sobrevivência!”.

Um outro paradoxo que discuti também desse texto foi a partir da fala:
“os adultos desejarem e gostarem das crianças, apesar de produzirem cada vez menos crianças...

Aqui expus minha condição de mãe ao dar a luz aos 42 anos de idade minha primeira filha, Marina. Muito desejada, esperada demais. Uma verdadeira bênção para toda a família. Mas, bem mostrado o paradoxo pelos autores, não posso ficar o tempo todo com ela! Trabalho o dia inteiro, em duas escolas, fico o dia todo com os meus alunos e não posso prescindir desse tempo para ficar com minha filha... Isso acontece diariamente no meu trabalho, na educação infantil: os pais levam seus filhos na primeira hora da manhã para a escola, e só vêm pegá-los no final do expediente. Também não ficam com seus filhos o dia todo.

Parece até um contra-censo: amamos nossos filhos, por minha vez, mais que desejados, e não podemos cuidá-los, curti-los, viver esse tempo com eles.

Essa reflexões me foram possíveis com as leituras apresentadas nessas interdisicplinas, mais as minhas considerações como mãe, professora e supridora da casa juntamente com meu marido, além da convivência diária com alunos e pais.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eixo 2

Encontrei uma única postagem referendando duas novas interdisciplinas:

“Estou gostando das novas interdisciplinas:
Escolarização, espaço e tempo e Infâncias de 0 a 10.
Muito interessantes os conteúdos abordados!
Esse "rever nossa memória", buscando fatos ali registrados está muito bom!
Parabéns!”

Busquei os trabalhos no Rooda para ver as reflexões ali constantes e poder trazer algum dado mais concreto sobre as aprendizagens ali construídas.
Stela Maris em 22.09.10 às 22.45


Busquei as atividades em meu webfólio para trazer alguma reflexão aqui sobre os conteúdos ali trabalhados e minha apropriações do assunto.

Tivemos a junção da interdisciplina apresentada com a Infância de 0 a 10 anos. As propostas de trabalho foram análises de filme e textos referentes à infância e sua construção. Direitos das criançase garantias desses direitos.

Nas atividades que reli, uma fala que trouxe é essa:

“Minhas crianças vivem esse tempo de infância bem vivida, bem como criança deve vivê-la mesmo! Brincam muito em casa. Correm, sobem nas árvores, jogam bola, brincam de casinha, jogam taco, futebol, encontram os vizinhos, divertem-se todo o tempo. E, quando chegam na escola, a brincadeira continua! Temos tempo livre pra brincarem na sala, todos os dias, vamos à pracinha, fazemos jogos e brincadeiras, rolam no chão, recortam, colam, pintam, remexem no baú de brinquedos, brincamos no pátio, lêem, pensam, conversam sobre sua vida em casa, na escola, no brinquedo, folheiam revistas, jornais, rasgam, amassam, modelam, encaixam peças, inventam mil e uma coisas...constroem muito brincando ... Durante o período do recreio brincam livremente com os outros alunos, das outras turmas, pulam corda, pula-pula, correm, jogam bola, futebol,... divertem-se bastante.”

Claro está que nem todas as crianças da escola têm essas atividades diárias, mas como meu trabalho é na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, são atividades que acontecem a maior parte do tempo.

E aqui reflito que os alunos da educação infantil brincam muito mais na escola, onde exploramos o ensinar através do brincar, da brincadeira e do uso e manuseio de vários portadores de textos, quase exclusivamente com a intenção de exploração do mundo das letras, e sem a cobrança de avaliar, medir a aprendizagem da escrita e leitura que acompanha o movimento dos anos iniciais do ensino fundamental. Óbvio que relizamos um trabalho voltado ao desenvolvimento das habilidades e competências aos alunos dessa faixa etária.
Uma diferença que por vezes se acentua, pois ao sair da escola infantil e ingressar no ensino fundamental uma das coisas que primeiro preocupam a mim, é a questão avaliação, pois ali existe a promoção do aluno para o ano seguinte, ou não. E ai perde muito do quesito “lúdico” para a promoção dessa aprendizagem, numa ampla exploração desses materiais todos a disposição do aluno, havendo então uma outra visão, outra didática, empregada no ensino fundamental, que não deixa de ser castradora, e classificatória, pois já começamos o ano letivo pensando no final do ano, na avaliação, na aprovação e até na reprovação.

Também nossos gestores e governantes utilizam-se de várias cobranças nesse ponto, onde somos avaliados constantemente, medem todos os índices criados, e esquecem do primordial: melhorar as condições do trabalho que oferecemos com formação continuada, com aperfeiçoamento de técnicas e instrumentos que melhor nos equipem e ao espaço físico oferecido aos alunos, salário mais digno e promoção da valorização dos profissionais da educação, recuperação da profissão como fator primordial para essa valorização perdida ao longo de tantos anos de muita promessa e de pouca ação, pois as ações e políticas públicas utilizadas são sempre referentes ao valor de verbas para angariar alunos e não pra ofertar uma educação d equalidade para todos, alunos e profissionais da educação.
Os pais são outro fator de muito peso nessa didática da avaliação: querem e brigam e exigem que ofereçamos a mesma educação que tiveram a 30 -40 anos atrás, cobrando quadro cheio e caderno escrito todo o dia! Por muitas vezes temos que ouvir: não fizemos nada na aula hoje, não tem escrita no caderno! Mas realizamos uma excelente roda de conversas, falamos da importância de cuidar da natureza que ainda nos resta, os alunos representaram essa natureza em desenhos ilustrativos maravilhosos, e contaram aos colegas o que havia representado ali; numa outra atividade importantíssima realizamos uma roda de leituras: os alunos lêem os livros de histórias retirados na biblioteca e para a turma, nessa roda. Ao final, escolhemos qual a história que mais gostamos e fazemos propaganda escrita sobre o livro e colocamos no mural do corredor. Os alunos que ainda não lêem, contam a história na seqüência das imagens ou da sua lembrança. Assim como visitamos o quarteirão da escola e analisamos tudo o que vemos: natureza, limpeza, urbanidade, casas comerciais, fluxo de pessoas, cuidado no trânsito, uso da faixa de segurança,...

Todo esse movimento é algo que acrescenta muita aprendizagem mas que não está registrada no todo no caderno.

Enfim, alguns tantos professores acreditam nessa educação nova, de um jeito que ofereça uma amplidão de tantos saberes que se fundem nessa roda de conversa, nesse encontro de palavras que todos têm a oportunidade de falar, mostrar que conhecem aquelas árvores que estão ali na Cidade e que são importantes, que sabem contar a história dos pioneiros na construção desse Município e que os cupons fiscais retornam crédito em valores monetários aos cofres públicos.

E que assim que tivermos oportunidade vamos cobrar a parte dos governantes em melhorias para a nossa rua, para a construção da praça naquele bairro, e tantas coisas mais que podemos precisar.

Todas essas questões estão registradas em meu blog Bem-Me-Quer.

Stela em 23.09.2010, às 21.40

Eixo 2

Foto:alunos-artistas do pré-escolar 2A-2010, Big-Bem-me-Quer em processo de criação


SEMINÁRIO INTEGRADOR 2

Outras propostas de atividades foram realizadas ali:

Paródia e Texto Formiga

A atividade da paródia foi uma aula bem gostosa que tivemos a oportunidade de nos juntar em grupos e descrever nossas angústias sobre o andamento do curso, destacamos em especial as dificuldades vividas nesses primórdios da graduação, nas quetões que envolviam as ferramentas das tecnologias.

Relendo a “paródia” escrita, sobre a letra da música “Eu não existo longe de você"
Adriana Calcanhoto, penso que tivemos muito senso de humor e pudemos dar boas risadas dessas angústias que tanto nos atormentavam! E as dificuldades ao longo do caminho estavam somente no começo. Mas conseguimos imprimir nossa veia cômica no assunto, desanuviando, ou pelo menos escrachando nossas tantas dúvidas de acertar nesse mundo virtual em que nos engendramos.

Trazendo essa reflexão para a caminhada do curso e para minha prática profissional, penso que possibilitou-me entender que nem tudo deve ser levado tão a sério, o tempo todo. Por vezes, se dermos um tom mais cômico para as tantas dificuldades que encontramos ao longo do caminho poderemos resolver as coisas com menos sofrimento. Relaxando um pouco a guarda e adentrando menos nos percalços que encontramos diariamente em nossa vida profissional, poderemos dar umas boas risadas e daí tirar lições para rrever/refletir/refazer nosso trabalho.

O texto Formiga, proposto pelo professor Antônio foi mais um bom momento, pois a reconstrução do texto oral, trazido na memória do que lemos e depois de lido percorrer um espaço de tempo, caminhando até chegar a redigir novamente, tem suas dificuldades. Pode se perder alguma coisa importante no caminho, podemos agregar algo nosso ao texto, algo mais pessoal e que ali não estava escrito, mas que faz parte do nosso pensar. Ou então podemos acrescentar além do que lemos, e que então justifica essa nova redação que damos ao texto lido, pronto, dado e acabado, acrescido do nosso ponto de vista.

Essa atividade hoje revisitada me trouxe essas reflexões: nada pode ser considerado dado e acabado, tudo pode ser refeito, reescrito e revisto. Podemos agregar nosso pensamento ao texto dado, e podemos permitir ao nosso aluno dar a sua redação.

Como exemplo me permito trazer as releituras das obras de arte que muito trabalho em minhas turmas, durante todo o ano: os alunos e eu conversamos sobre o artista que pintou, desenhou, criou o trabalho; reparamos nas representações ali descritas e contextualizamos com nosso local, com nossa vida, com a nossa representação. Os alunos então fazem um desenho a partir daqueles que vimos e conversamos, geralmente trazendo à compreensão da nossa realidade. Cito como exemplo Van Gogh, artista que geralmente é trabalhado nos primeiros anos, com as obras “Os Girassóis, Quarto de Van Gogh e Pescando na Primavera”. Essas obras foram trabalhadas assim: para “os Girassóis” após lermos e conversar sobre o artista e a obra, conversamos das flores da nossa Cidade e fomos ver as flores de Bem-Me-Quer que temos na beira-mar: são amarelinhas, com pétalas e cabo verde, parecem girassóis em miniatura. Pronto os alunos desenharam em massinha de modelar uma releitura da obra, que carinhosamente intitulei “Bem-Me-Queres” e os artistas de casa (os pais dos alunos) desenharam as flores de casa, do jardim, da vizinhança ou até cópia de livro.. Está nesse link do blog:
Bem-me-Quer

O quarto de Van Gogh foi um momento também assim, os alunos detalharam o quarto e seu mobiliário. Cada um desenhou seu próprio quarto. E a obra “pescando na Primavera” foi trabalhada em julho, onde contextualizamos a nossa Festa do Pescador e do Papa-Terra, com nossos pescadores e nosso mar; aqui comparamos o “jeito” que o pescador retratado estava trabalhando: sentado num barco, no meio do rio, enquanto nossos pescadores pescam de pé, com redes ou molinetes, no mar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eixo 2- Olhar

Uma atividade que realizamos e que também foi revisitada foi a apresentação ZOOM: nessa apresentação o começo foi um aumento considerável do zoom na figura apresentada.
A cada slide divisávamos algo e logo discutíamos entre nós o que estava sendo visto.
Até o final, no último slide, descobrimos ser simplesmente uma gravura. Todas as partes vistas soltas, compunham uma imagem.
Após discutimos a necessidade de nos distanciarmos da cena para então podermos ver o todo, pois na verdade, olhando em partes estávamos somente vendo um pedaço, um lado, e precisamos visualizar o todo para então realmente compreender o que que estava acontecendo.

Eu e minha colega Mara Braum conversamos sobre "o que nós vemos das possibilidades dos nossos alunos" e que, por vezes, as outras pessoas não vêem. Até mesmo os próprios pais não percebem tal "nuance" que tivemos a oportunidade de visualizar!

Por bastante tempo, no eixo 2 e nos próximos, lembramos dessa atividade, Mara e eu.
Em especial naqueles momentos em que precisamos avaliar um aluno, encontrar todos "os pedaços", reconstruir sua trajetória no trimestre, para não corrermos o risco de sermos injustas, com uma avaliação superficial. Pois se vemos o processo, o caminho percorrido no todo, e não somenteo final, a nota, a promoção ou a reprovação, podemos ter mais clareza e coerência para que essa avaliação seja mais correta.

Essa atividade do Zoom, a atividade da "cena do encouraçado Potemkim" e o filme Doze Homens tiveram uma grande contribuição para melhorar meu olhar na questão avaliação.

Hoje, tenho mais segurança para avaliar meu aluno, tenho menos receio e menos medo de errar na hora de escrever a palavra aprovado no trimestre final
Stela em 21.09.2010, às 23.31

domingo, 19 de setembro de 2010

EIXO 2


Foto: arroio histórico da Cidade.

Eixo 2


Retirei essa postagem de início de semestre, achei bem importante trazê-la aqui:


“Que possamos mais uma vez sairmos vencedores”. Março 2007.

"Então recomeçamos mais um semestre, agora esperando menos angústia, pois as ferramentas e o ambiente de trabalho já não são assim tão estranhos..."

Encontrei somente postagens referentes ao Seminário Integrador 2, para as demais disciplinas não há postagens.

Uma primeira e bem importnte tarefa ali descrita é a "Descrição do Caminho da Escola"

Essa tarefa de descrição do Caminho para a Escola foi algo muito particular que me permitiu ver com "outro olhar" um caminho percorrido diariamente, e que talvez eu o fizesse automaticamente.
Mas o exercício solicitado me fez "rever" esse caminho diário, pois que faço agora essa reflexão: é necessário outro olhar para poder re-ver o já visto antes, de outro modo, de outro ângulo, com mais cuidado e atenção.
Assim devemos trabalhar esse novo olhar com o nosso aluno, aquele que está ali todos os dias e que talvez tenhamos a oportunidade de re-ver sua caminhada, sua construção, suas dificuldades e até suas superações.

Essa tarefa foi algo que me fez até emocionar enquanto trazia à memória todo o percurso que faço, todos os dias.
Inclusive hoje revendo a atividade, me emocionei com a descrição linda ali escrita, e que de fato é um caminho lindo! Afinal, é o meu caminho diário, e tem que ser feito com muita propriedade, re-visto, olhado novamente e com novo olhar...

____________________________________

“Se as coisas são inatingíveis...
ora!não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!”
Mário Quintana

Essa fala do Mário Quintana também está postada, e diz por si só de toda minha trajetória frente ao curso, lembra as dificuldades superadas, os percalços vencidos, a luta quase em seu final para a conquista da graduação.

Parece que foi ontem que escrevi isso, mas já se foram 4 longos anos, de muita batalha, muita construção, muito pensar, muito fazer...
Muitas mudanças de olhar, de fazer e de se refazer, enquanto profissional-estudante, enquanto profissional-educador, enquanto profissional-sonhador, enquanto profissional-realizador-pensador!


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Descrição do Encouraçado Potemkin:

Em minha descrição captei e descrevi as emoções que a personagem principal dessa cena vivia.
Minhas colegas de grupo foram Elenice Mittman, Cristiane Scheffer, Mara Braum e Maria do Carmo Dewes.
Interessante que as nossas descrições foram cada uma para um lado.
Enquanto escrevi sobre as emoções, a Mara Braum descreveu o lado familiar.
A Elenice fez uma descrição mais séria, no sentido de usar um vocabulário bem elaborado, mais formal, e a Cristiane foi a mais econômica em sua escrita...

Cada uma de nós usou seu olhar ativo.

Assistimos a cena e a descrevemos exatamente como se estivésseemos vivendo essa "cena"...

Foi bacana isso de ver os outros olhares, afinal,
para mim o que existia na cena eram as emoções,
a espera da morte iminente e
a certeza de agarrar a vida...

Mas, o olhar das colegas me provaram: outras coisas estavam acontecendo!

Não foram somente essas emoções, por mim captadas e descritas.
Gostei desse atividade.
Foi um bom exercício de " olhar e ver".

Fiz questão de trazer essa fala recortada inteira, pois traz a importância de mudança no olhar, mudança de olhar e o que olhar!

Quando leio essa escrita, essa descrição que fiz, das emoções da cena que assisti, estou eu própria ali representada: sou emoção pura, em todos os momentos, quer nos momentos de alegria, de prazer, quer nos momentos de luta, de batalhas, de derrotas e de tentativas de vencer!

Choro de felicidade e de tristeza, por mim e pelo outro...
Pela vitória e pela derrota...

Choro para re-construir e também na construção.

Sou eu ali descrita, inteira e completamente emocionada, envolvida pela cena, vivendo aquele horror, o medo, a incerteza, o desfecho.

Sou eu assim.

Stela Maris em 19/09/2010.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Flor de Bem-Me-Quer


Eixo 2 2007-1
Recomeço de ano letivo...
“Que possamos mais uma vez sairmos vencedores”.

(Stela Maris da Rosa Dias Março 2007).



“Se as coisas são inatingíveis...
ora!não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!”


Mário Quintana


domingo, 12 de setembro de 2010

Eixo 1 - Rfelexão Final

Foto: aula do dia 05 de maio, da turma pré-escolar 2A, na roda de conversa com manuseio de escrita.

Reflexões Finais do Eixo I – 2006.
O Eixo 1 do primeiro semestre do curso PEAD nos oportunizou vários encontros com educadores e pensadores da educação que muito fizeram pelo pensamento educacional que permeia o mundo da educação. Esses estudos me possibilitaram muitas reflexões, reflexões essas que talvez não tenham transparecido nas postagens que realizei ao longo do semestre em meu blog.
Mas foi meu primeiro blog, meu primeiro semestre de estudos, minhas primeiras considerações sobre educação e tecnologias. Virtual e real.
Primeiras reflexões a cerca do meu trabalho e dos meus pensamentos, fundidos nos pensamentos de grandes mestres do mundo da educação.
Foi só o começo.

Esse primeiro eixo me fez falar de mim, enquanto professora, enquanto pessoa que acredita na educação como um desafio constante, tanto para os alunos, quanto para a escola e para o profissional que ali deve se encontrar diariamente para desempenhar um papel, ou vários papeis ao mesmo.

Esse primeiro eixo me colocou em contato com o mundo das tecnologias, aliando-as à educação, e ao fazer do educador e do aluno.

Esse eixo primeiro nos desafiou a tentar, a acreditar nas potencialidades da máquina e de nós mesmos enquanto seres dotados de inteligência, e que também nos permitiu desafiar nosso aluno, enquanto sujeitos de nossa aprendizagem, aliando assim um conhecimento que eu ainda não tenho enquanto professora – o da máquina – enquanto o aluno já tem mais conhecimento sobre as tecnologias do que eu, e o quanto podemos aliar o meu conhecimento de saber dar aula ao conhecimento do aluno de saber utilizar as tecnologias.

Penso que aliamos assim nossos saberes e os entrelaçamos em favor da aprendizagem escolar, que devemos aprender e partilhar juntos - alunos, professores e tecnologias.

Hoje me sinto muito mais conhecedora das ferramentas, me angustio menos em trabalhar com a máquina, pois já domino algumas ferramentas que me permitem concluir isso. Não que tenha adquirido total controle sobre o uso de tais ferramentas e que possa sair dizendo que sei fazer tudo. Ao contrário, sei um pouco, mas sei fazer alguma com esse pouco que estou me apropriando ao longo desses anos de estudos que o PEAD me oportunizou. E estou oportunizando aos meus alunos também conhecerem esse mundo virtual que nos permite viajar e conhecer o resto do mundo que nos interessar! Utilizo os computadores com meus alunos da educação infantil semanalmente, no Tele Centro da Biblioteca Pública Municipal de Arroio do Sal, onde realizamos várias atividades. (Nesse mês de agosto não tivemos nenhuma participação no Tele Centro, pois a Biblioteca mudou de lugar e ainda não foi possível adequar os computadores para que possamos ali trabalhar.) Também tivemos a oportunidade de ganhar o projeto UCA (Um computador por aluno) na escola Diestchi, então estamos iniciando um trabalho com todos os alunos da escola. E aqui está muito difícil esse começo, pois temos todas as dificuldades: desde falta das tomadas para carregar as baterias até o manuseio do laptop educacional (é pequeno, programa pouco conhecido para trabalhar, dificuldades “n”...) Mas estamos firmes, eu e meus pequenos!

Com certeza as competências que o Eixo I me proporcionou nessa primeira caminhada foi refletir minha postura profissional, buscar conhecimento teórico e apropriação das ferramentas oferecidas pelas tecnologias da informação e da comunicação.

Stela Maris da Rosa Dias
Em 12/09/2010 às 16.50

Eixo 1 Wikihistória

Foto: Artistas de Casa: família do aluno Lucas Emanuel, do pré-escolar 2A, numa releitura de Tarsila do Amaral.

Dezembro/2006

Finalizando o ano, finalizando o I semestre do PEAD!

Postei algumas fotos de pessoas importantes para mim nessa caminhada, fotos da Festa dos Bichos! Alia aparecem nossos primeiros tutores e professores.

Trago nesse mês uma postagem sobre atividade da ECS, uma wikihistória. Atividade onde deveríamos entrar num wiki, criar nossa página e contar de nosso trabalho, relacionando-o a fala de Paulo Freire.

Postei essa fala:

Falar do meu trabalho, é muito fácil. Vivo esse meu fazer com muito prazer! Relacionar com o pensamento de Paulo Freire, embora pareça fácil, é mais difícil. Na verdade, Paulo Freire é/foi um educador comprometido com a mudança educacional...
Fez e deixou muita coisa importante para que pudéssemos optar entre um fazer medíocre e simplesmente reprodutor do sistema existente,
ou... verdadeiramente fazer acontecer uma educação sonhada por muitos: mais justa, mais democrática e emancipatória. Educação essa onde todos tivessem o poder de transformar esse nosso mundo vivido hoje, em algo melhor para se viver, também hoje!”

Relendo essa escrita hoje, penso que já está muito mais fácil fazer esse exercício, afinal estudamos quatro longos anos para aprender algo capaz de melhorar nosso fazer pedagógico, então é justo que nessa caminhada vamos entendendo melhor o que fazemos e podemos então rever e refletir sempre a nossa prática. E isso com certeza faz nosso trabalho ficar melhor, embasados pelo pensamento de pessoas importantíssimas, com certeza nosso trabalho ganha uma outra dimensão. Melhorei muito minha prática e meu fazer em sala de aula nesse tempo de estudo, e espero continuar crescendo nesse sentido: dar conta de buscar condições que me permitam refazer o meu dia-a-dia na escola,possibilitando ao meu aluno construir o seu aprendizado em conjunto com o outro, com a realidade vivida e na conquista diária do seu espaço, amparado na coletividade para a construção desse saber conquistado, partilhado e vivido, concretamente.

Retirei esse recorte do blog , sobre a construção da wikihistória, pois acho que ficou muito bom mesmo:
Fizemos a leitura da nossa história comentando a história do outro. Melhor explicado por Paulo Freire – vivemos a história, a minha e a do outro, juntamente com os outros e as transformamos em aprendizado. Refletimos nosso fazer juntos, pensamos, descobrimos, elaboramos novo conhecimento. De mim e do outro.
Falando de histórias, minha formação profissional se deu em escola pública. Cursei o magistério e me formei professora. Cheguei na escola cheia de sonhos. Sonhos esses que ainda me acompanham.Quero possibilitar aos meus alunos desvendarem esse mundo da escrita, construindo seu conhecimento, fazendo a aprendizagem acontecer junt@mente .com o outro. Vivendo sua história, dela sendo personagem, sujeito do seu aprender.
Quero oportunizar ao meu aluno uma formação crítica, onde ele possa perceber todas as possibilidades e aproveitá-las todas. Em seu benefício e de todos os outros que estão .com ele, fazendo, construindo, interligando esse conhecimento a sua realidade, vivendo essas possibilidades de transformar o mundo em que vivem,para melhor!
Quero fazer dele sujeito da sua construção, que busque o conhecimento, que saiba onde buscar isso e que possa viver essa busca com o outro. Vivendo, criando e recriando seu pensamento. Em favor de uma vida mais justa para todos.
Espero que possa fazer desse meu aluno um ser que viva e encontre um presente bem melhor de ser vivido. Numa sociedade mais igualitária e que lhe permita um melhor viver, mais feliz e mais presente.
Que todos nós possamos instigar nossos alunos a construírem suas vidas, serem mais curiosos, garantindo assim encontrar esse conhecimento e partilha-lo com outros sujeitos de suas histórias.
Não quero ser mais uma professora que deposita seus conteúdos na sala de aulas, como se os alunos fossem simplesmente gavetas. Enchendo-as e fechando-as.
Paulo Freire, com suas idéias de educação emancipatória, tem me levado a refletir, pensar e repensar minha prática, com um olhar mais específico, com mais rigor em minha avaliação. De mim mesma e do que faço @os meus @lunos, em meu viver a educação.”
(Stela Maris da Rosa Dias, aluna do PEAD-UFRGS, em dezembro-2006).

Stela Maris em 12/09/2010 às 16.10

EIXO 1 - EPPPC

Foto: Retrato da Mãe, pintado pelo Ramon, aluno do pré-escolar 2A.


Escola, Projeto Político Pedagógico e Currículo


Essa interdisicplina tem um registro único no blog:


Ao final do mês de novembro registrei a atividade do Fórum dessa interdisciplina. Simplesmente escrevi ali que “está d+”, nenhum registro do que tratava, nenhuma fala que me levasse a descobrir de que se tratava o fórum referido...


E isso me fez pensar: quem leu isso aqui não sabia e nem ficou sabendo nada do que seria necessário, pois não tem nenhum registro que leve o leitor a entender o que eu queria dizer. Pior ainda: não registrei nem o endereço do referido fórum. Foi mal essa postagem mesmo!

Mas um alento: estávamos começando, ainda não tínhamos esse senso apurado, que nos leva ao entendimento de que se não estiver descrito ali o que queremos dizer, talvez ninguém vá entender...

Stela em 12/09/2010 às 15:44

Eixo 1 ECS - MARX

Foto: Pintura em lápis de cor da aluna Aryane do pré-escolar 2A, numa releitura da obra "Futebol" de Portinari.

Marx


Ainda na interdisciplina ECS, uma postagem sobre o pensador Marx, um dos maiores ícones das idéias do comunismo, difundida pelo mundo. Para essa atividade, registrei uma fala de Marx:

"A realidade deste mundo não deve ser explicada com base numa realidade divina. O ponto de partida do pensamento tem que ser a realidade concreta."


Relendo essa fala hoje, me vem ao pensamento o quanto é importante partirmos sempre da realidade concreta, do vivido pelo nosso aluno, na sala de aula em nosso trabalho diário, assim como entendemos melhor sempre que realizamos essa leitura do mundo que vivemos, que nos rodeia, o mundo ao qual pertencemos. Novamente trago à luz o meu pensamento de que, desde o início do curso, minhas reflexões, atividades e minha fala me levavam ao meu final, ao tema que elegi para o TCC.


Outro destaque importante é com relação a fonte da pesquisa: a professora Mara Níbia me cobrou em comentário a fonte, eu não a registrei e hoje ficou bem visível a importância e necessidade desse registro.


“Sabemos, pois, que a educação é um processo e como tal, ela vai sendo construída...
Não será da noite para o dia que transformaremos o mundo num lugar mágico para se viver, mas podemos ensinar aos nossos alunos a lutarem por seus ideais, a viveram mais próximos da sociedade ideal: mais justa e igualitária!”


Essa fala foi minha, escrita em conclusão ao trabalho de estudo sobre os pensadores, sociólogos e filósofos da educação Durkheim, Marx e Weber, após os textos exigidos para leitura e as reflexões sobre as atividades realizadas. Percebo que essa fala foi construída com bastante estudo, e revela de fato, a minha percepção da importância da escrita de tantos pensadores. Penso também que essa deve ser a idéia que permeia nosso fazer diário: enquanto professores temos o dever de levar o nosso aluno a buscar uma forma de conquistar uma sociedade, democrática, igualitária e justa para partilhar com seus pares. Onde todos possam dizer a sua fala, o seu pensar e exigir os direitos de assim viveram, mas sempre lembrando que temos sim os nossos deveres e como tal, devemos respeitar, mas exigindo respeito a todos nós, cada um na sua profissão, no seu espaço, no seu tempo!


Eixo 1 - ECS

Foto: arte abstrata, pintura em tela caseira, turma pré-escolar 2A, 2010.


ECS – Visitando os blogs de TC

Novembro-2006.
ECS- Atividade de análise de fatos à luz da teoria Weberiana: apresentei uma situação de inversão de papeis que vivencio na educação infantil: com os alunos pequenos muitas vezes desempenhamos um papel que deveria ser da família, no ensino das necessidades básicas de higiene pessoal, e por muitas vezes ainda temos que chamar os pais na escola e ensiná-los sobre as coisas que eles devem ensinar aos seus filhos, como hábitos de higiene pessoal diários, incluindo até o como fazer isso. E a outra situação analisada foi com respeito ao desfile cívico acontecido na minha Cidade, onde o Prefeito Municipal, usando do seu cargo político, proibiu o desfile de uma turma de alunos por estarem fazendo alusão à corrupção brasileira. Revendo essa postagem hoje, ainda fico indignada com tal fato, pois nós educadores tentamos levar ao nosso aluno que ele tenha senso crítico para garantir seus direitos e na hora do cumprimento de um dever que é o do Desfile Cívico, não podem manifestar esse aprendizado, o de querer dizer que está insatisfeito com a administração político pública de nossos governantes!
Onde está a democracia e a livre expressão de pensamento?

Também reli outra atividade, o da visita aos blogs dos colegas e leitura das suas reflexões e atividades ali postadas. E Registrei o quanto é interessante esse trabalho de ver o pensamento escrito do outro, visitar suas produções, enfim, dialogar mesmo que virtualmente com o outro.

Essa é uma das coisas que mais sinto falta, pois ao longo do curso fomos perdendo essas atividades de visita aos colegas e também não sobra mais tempo para isso. Mesmo que façamos alguma visita aos espaços dos colegas, raramente nos retornam o comentário, nem vêm ao nosso espaço para uma troca e partilha de saberes, afinal estamos todos muito ocupados com tantas atividades a dar conta. E o nosso corre-corre diário já não mais permite esses “prazeres”, também penso que se perdeu isso pelo fato de não ser mais nenhuma novidade um blog, um wiki, um espaço virtual, pois agora já nos apropriamos dessas ferramentas e não vamos buscar auxílio no do colega.

Uma outra postagem constante ali, atividade da ECS, onde formamos um grupo de alunas que deveríamos postar sobre nossa trajetória no curso PEAD. Realizamos visitas aos blogs e postamos nossa reflexão. Nessa visita percebi que todas nós tivemos motivos parecidos e vivências comuns: entramos na faculdade à distância pela falta de tempo, de dinheiro e pela necessidade de conciliarmos nossa família, trabalho e estudos. O interessante que ali registrei ficou por conta da apropriação das ferramentas das TICs, nosso maior desafio registrado em nosso trabalho.

sábado, 11 de setembro de 2010

Eixo 1

Foto: releitura da obra "Os Girassóis", de VAn Gogh pelos alunos do pré-escolar 1A em 2009.

ECS
Fiz esse recorte da postagem de análise das idéias de Max Weber: “Weber traduz nas suas idéias a sociedade político-administrativa da época em que viveu. Na sua leitura hoje,contextualizamos a contemporaneidade de suas idéias, pois a dominação é muito forte e arraigada nesse momento atual em que vivemos. "A dominação político-administrativa mundial de hoje, é embasada na história".

Na postagem faço esse comentário sobre o assunto:
“Não podemos desprezar o ontem, pois nos trazem luz aos dias atuais. Somente entenderemos o presente se conhecermos o passado, a história vivida antes. É dela que se norteia todo o nosso caminhar. Sabendo, conhecendo o que outros viveram, viram, fizeram e/ou participaram, construíram... podemos ter uma caminhada melhor, mais bem elaborada. Pois os erros , falhas, lacunas deixados pelos que nos antecederam, serão corrigidos, construídos, contornados por nós, não nos deixando cair nos mesmos...
História. Ponto importantíssimo na nossa profissão. Conhecendo o passado e fazendo parte do presente... só assim poderemos acreditar no futuro!

Relendo esse comentário, quero deixar registrado aqui o que já venho pensando desde o início desse trabalho de resgate das postagens do curso: todas as falas importantes que trago aqui, e que realizei nesse início do curso, e ao longo dele, parece já estar-me virtuando para o meu final, a construção do meu TCC, que tem como tema o “Ensino de História na Educação Infantil – questões de identidade e pertencimento”.

Stela Maris 11/09/2010 às 18.22

Eixo 1


Arte de casa: Família da Gabriele (Releitura de Portinari) 2009

As Tics realizei duas postagens; uma de análise de dois blogs dados, onde era para entender qual a finalidade de cada um deles. Na visita pude entender que eram blogs educacionais, e que tinham com função ensinar como se cria um blog educacional.
A outra postagem era do fórum da interdisciplina, que não pude postar no ambiente então registrei ali. Nessa postagem destaco a vontade de criar um blog para minha turma e a impossibilidade disso na Dietschi, pelo fato de não ter acesso à internet. Registro também um começo tímido da minha parte no laboratório da escola: atividade de registro em editor de texto, com os alunos em grupos. Revendo a postagem hoje, penso que poderia ter ousado mais: pro exemplo, poderíamos ter imprimido o trabalho para os alunos visualizarem e aproveitar para leitura e aprimoramento das informações ali escritas; poderíamos ter ilustrado, feito uma montagem em livrinho individual, pois cada aluno teria seu material impresso... enfim, revendo é que podemos refletir e pensar mais conforme a caminhada que realizamos.

Stela 11/09/2010

Eixo I Visitando de Blogs


Obra de Onildo, artista arroiossalense, escultura em madeira

Nova postagem que tratava de tarefa da ECS, uma leitura de blogs.

Recortei essa fala da postagem:
“Essa tarefa de visitação de blogs foi muito bacana!
Nossa, conheci muitas coisas interessantes: assuntos diferentes, muito movimento, muitas pessoas, quanta diversidade!”

Fiquei encantada com o mundo das TICs, e essa atividade de visitação aos blogs ali indicados foi muito interessante mesmo.

Dessas leituras registrei muita coisa que me chamou a atenção e também pude acrescentar na postagem alguma coisa de trabalho meu, como exemplo "contei do Projeto Tupancito que tratava sobre meio ambiente e importância de preservarmos a natureza local. Fizemos um trabalho bem interessante: começamos na nossa escola, cuidando do pátio, plantando árvores, recolhendo o lixo; depois visitamos a rua, verificando como estava a coleta; fomos ver o arroio histórico da cidade, como andava; fizemos um livrinho, montamos um jornal, reaproveitamos sucata, transformamos em arte, colocamos em exposição nos pontos comerciais mais visitados da cidade, envolvemos as famílias...nem me lembro o que mais."
Aqui está o link
.
Stela Maris, em 11/09/2010 às 17.05

Eixo 1 -Escola, Cultura e Sociedade

Foto: obra de Bianca Pacheco, artista arroissalense.

Postagens do blog referentes ao mês de outubro-2006, do I Eixo.

As postagens referem-se às interdisciplinas Escola, Cultura e Sociedade (ECS) .

As postagens da ECS tratam de trabalhos exigidos pela disciplina, um questionário a ser respondido sobre o texto “A educação como processo socializador, função homogeneizadora e função diferenciada” onde destaco essa fala:

“Na minha compreensão o texto fala da educação formal, aquela que ocorre na escola, e a educação informal, aquela em que a vida que nós vivemos é que nos ensina”.
Ao rever as perguntas e respostas retirei essa fala dali, por ser a única fala minha, o restante da escrita são as palavras do teórico. E esse escrito me permitiu refletir sobre o que penso ser o fazer da educação hoje: não mais podemos e nem nos é permitido realizar essa dicotomização da educação formal e informal, pois embora a escola – instituição que tem como objetivo formal certificar a conclusão do estudo ali ministrado, não é possível que um educador não traga essa realidade vivenciada pelos alunos para compor a construção do conhecimento que ali vai ser possibilitado a todos os indivíduos que estão nesse processo educacional.

Penso também que o conhecimento científico, elaborado ao longo do tempo por tantos estudiosos é importante que seja dado a conhecer aos alunos, mas devemos sempre contextualizar, confrontar e comparar com a nossa realidade, com o conhecimento que nós mesmos já construímos na nossa realidade, tanto familiar, quanto local, enquanto indivíduos sociais e sujeitos que se completam em suas vivências cotidianas.

Essa fala de Durkheim que trago aqui, retirada do mesmo texto, afirma exatamente o que penso: “deve haver uma observação histórica das gerações passadas, pois todo o passado da humanidade contribuiu para estabelecer os princípios que dirigem a educação hoje, toda a nossa história deixou traços, como também a história dos povos que nos precederam, deixaram”.

Esse pensamento me acompanhou durante toda a minha trajetória enquanto professora, e ficou bem marcado em meu estágio curricular, no tocante ao meu trabalho de resgate da identidade de cada aluno, da turma que estamos inseridos e do lugar a que pertencemos. Todos e cada um de nós têm uma história pessoal, e que a traz à escola, onde juntamos essas vivências que nos possibilitam construir uma identidade de turma, uma identidade da escola.

Enfim, a identidade do nosso pertencimento social é constituída pelas histórias de todos, carregando nessa construção as nossas particularidades e agregando-as ao coletivo.

Stela Maris da Rosa Dias
Em 11/09/2010 às 16.31

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eixo 9 - Relendo...

Primeira tela pintada pela Marina Dias Marenzi, em 2010.

Releitura e reflexões das postagens do mês de setembro 2006, Eixo I

Esse mês foi dedicado ao tempo, aos sonhos e as viagens...
Expressei meus pensamentos e sentimentos em relação ao tempo, expus meus sonhos e me permiti dar início à caminhada.

Através de contos, poemas e das minhas palavras poeticamente entrelaçadas com meus sonhos e vivências cotidianas, tanto profissional, como pessoal e também estudantil pude deixar um registro interessante, sincero e tranqüilo.

Aqui deixei o registro de minhas angústias quanto ao término do curso, e também a minha satisfação de estar cursando a faculdade, tão necessária a minha carreira profissional.

Sobre o tempo, fiz uma postagem em que trouxe do dicionário Luft a sua definição: momento ou ocasião própria. E teci minhas considerações a cerca da necessidade de organização do tempo para dar contas das tantas atividades que precisamos dar conta em nosso dia-a-dia.

Conforme fui relendo as várias postagens me defrontei com essa escrita: “Nossos desafios nesse início de século são muitos e exigem muito jogo de cintura, aliado a uma boa formação e muita disposição! Estamos numa concorrência desleal com esse leque enorme de opções que nossos alunos dispõem hoje”. Essa fala me fez pensar novamente sobre tantas necessidades que temos em termos de material de apoio, da falta de professores, de profissionais da área da supervisão e da orientação escolar em nossas escolas e da necessidade de nos apropriarmos das tantas ferramentas necessárias a uma oferta de melhor qualidade na educação que fazemos diariamente, em nossas escolas e salas de aula. Enfim, precisamos ainda sensibilizar governantes para melhor cuidar das questões que envolvem a da educação: melhores salários, melhores equipamentos, melhorias no espaço físico, material de apoio didático, tempo para formação continuada, tempo para rever e refletir, todos juntos as necessidades dos alunos e também de nós, profissionais que queremos melhorar a educação que oferecemos.

Numa das postagens ali existentes, que versou sobre o conto Viagem à Ilha Desconhecida, de Saramago, trago essa fala que ali postei: “A viagem é importante. Mostra-nos o nosso conhecido através do desconhecido.” Penso ser de consistência essas palavras, pois diz claramente que sabemos o papel e a função de cada um de nós, sabemos que devemos mudar, que precisamos refazer nossa prática, tentar novos métodos, enfim refletir e refazer o trabalho, mas ainda precisamos ir em busca do algo mais que falta-nos para desbravar o mar bravio que se vislumbra à frente da educação que fazemos...

A última postagem desse mês de setembro se encerra com uma escrita sobre qual nossa ousadia hoje, onde registrei isso: “Sou professora! Realizada profissionalmente. Insatisfeita com todas as inquietudes pertinentes a nós, educadores... Preocupada com os rumos da educação hoje, um tanto tortuosos, alunos menos interessados, salas mais cheias, recursos mais escassos, desvalorizados profissional e financeiramente, por vezes desrespeitados diariamente, outras tantas, nem notados...”.
Essas inquietações ainda me acompanham hoje, após quase quatro anos de estudos acadêmicos, pois cada dia mais nos embrenhamos em estudos que nos levam a perceber quão importante é o nosso papel frente a uma sociedade mais justa e igualitária, que ofereça qualidade de ensino, mas que exige respeito acima de tudo, entre todos os segmentos ali envolvidos.

Stela Maris da Rosa Dias
08/09/2010 às 19.51

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

(Obra da artista arroiossalense Camilla Machado)




Seminário Integrador I
Primeiras Postagens no Blog

A postagem será um pouco longa, pois aqui está o início, toda a caminhada que realizei na primeira semana do curso PEAD.

Em 21 de agosto de 2006 tivemos nossa aula inaugural.
No dia 24 de agosto fiz minha primeira postagem no meu primeiro contato com as ferramentas da comunicação - no blog de nome TECENDO IDEIAS - intitulada Boas Vindas, e registrei essa primeira fala virtual: “Este será um espaço de muitas idéias. Para completá-lo preciso de muitas idéias.”
Era um convite a quem me visitasse, de agregar e partilhar comigo suas idéias a cerca da educação, especificamente da educação infantil e alfabetização, pois esse é o meu lugar de trabalho.
Nessa primeira tarefa de rever/refletir as redes de aprendizagens que fui construindo ao longo do curso, e nessa postagem, no primeiro semestre, já percebo que buscava parcerias, pois sozinhos geralmente não damos conta de nosso trabalho, a final, como professora que sou, trabalhando 40 horas em sala de aula, mais do que necessário uma busca de partilha, de construção coletiva.
Iniciando então nas tecnologias de informação e comunicação nesse ano de 2006, nada mais natural que solicitasse essa colaboração por parte de quem ali encontrasse meu recadinho inicial!

Na próxima postagem já manifestei ali minha solidão diante da máquina! Até hoje ainda sinto muita necessidade de dialogar com outros pares as questões que ali coloco, ou que vivo, sinto, pois é muito forte em mim essa questão da troca, do bate-papo, do “me olha e fala comigo disso que estou falando agora”...

Na próxima postagem, minha apresentação pessoal, destaquei as palavras que escrevi sobre gestação e mar:

“O mar com suas ondas indo e vindo sempre. Constantemente. Hora calmas e tranquilas. Hora agitadas, fortes, varrendo a areia, limpando, empurrando, carregando...
Uma gestação: carregar no ventre um novo ser. Permitir que uma nova vida seja gerada. Permiti-la desenvolver-se, crescer, vir a ser...

Quero destacar essa escrita, pois retrata fielmente aquilo que vivemos em nossa profissão, diariamente: ir e vir, calma e tranqüilidade, agitação, busca, caminhada, desafios constantes.
Essa transcrição descreve com muita propriedade o meu estágio, realizado no oitavo semestre, em 2010! Tive um período muito conturbado no meio do trabalho, e que quase me fez desistir da caminhada novamente, naquele mês de maio... Mas, acredito que a proximidade com o mar, e os anseios de concluir minha faculdade me levaram ao enfrentamento de mais esse desafio em minha luta para o tão sonhado diploma acadêmico!

Destaquei a última frase, que se referia a minha gravidez e por extensão a minha filha Marina, que declara a conclusão dessa etapa necessária porque passei: permitir, crescer, vir a ser. Me permiti crescer em meio às turbulências e consegui dar conta do meu trabalho e do trabalho dos meus alunos, para possibilitar-mo-nos vir a sermos juntos, incluídos na mesma necessidade de construção de conhecimento coletivo, que precisa se fazer na individualidade de cada um e de todos, conjuntamente em colaboração com os outros.

Na postagem da apresentação profissional encontro essa fala:
Possibilitar que meus alunos conheçam, descubram, criem, construam... esse imenso mundo das letras, é fantástico!”
Essa fala continua me acompanhando, pois esse é o melhor momento do trabalho em sala de aula, especialmente para o professor alfabetizador: quando temos a oportunidade de realmente levar nosso aluno à descoberta da possibilidade dele mesmo desvendar o mundo da escrita, e poder utilizar-se dessa descoberta em seu favor, por uma vida mais justa, mais democrática, mais fiel a sua necessidade de felicidade pessoal. Com a certeza de que é um ser social, e que faz e se refaz diariamente no convívio com o outro, quer na esfera familiar, que na esfera escolar e nos tantos grupos dos quais faz parte por toda sua vida.

No dia 04 de setembro de 2006 houve uma postagem “Reflexão da I Semana de trabalho” onde destaquei ali a alegria geral que reinou em nossa aula inaugural. Quero destacar a reflexão que fiz sobre ver a alegria de todos os presentes ali como reflexo da alegria que eu própria estava sentindo naquele momento!
Isso me remeteu a um novo pensar: o quanto se reflete os nossos sentimentos em nosso trabalho diário? E o tanto que somos afetados pelos sentimentos do outro com quem convivemos diariamente?
Dar conta de administrar todas essas questões afetivas que permeiam nossos afazeres profissionais também é algo que devemos buscar aprender, pois por muitas vezes nos deparamos com situações que envolvem nosso aluno, na sala de aula e não nos damos conta que pode ser um reflexo de nossos próprios sentimentos, ou nas ações que praticamos também diariamente podem ser simplesmente o reflexo dos sentimentos dos alunos ao nosso redor...

Registrei também toda a minha angústia frente ao meu total desconhecimento das tecnologias, do mundo virtual que estávamos adentrando.
O novo na minha vida pessoal e profissional!

Aqui quero deixar essa reflexão: o novo assusta, faz sofrer, mas quando vamos nos apropriando de alguns conhecimentos básicos podemos nos permitir crescer, aprender e partilhar. Pois desde aquela longínqua primeira semana de agosto de 2006, estou cada dia mais envolvida com o uso das tecnologias em minha vida, tanto na escola, como em casa. Nesse ano de 2010 ganhamos o projeto UCA (Um computador por Aluno) na escola Dietschi, em Rondinha onde trabalho 20 horas. E aos poucos estamos levando nossos alunos a conhecer e se apropriar das possibilidades que o mundo virtual pode nos trazer em termos de benefícios para uma melhora na educação oferecida aos nossos alunos. Também realizo um trabalho semanal com a turma de pré-escola, onde trabalho no turno da manhã, no Tele Centro da Biblioteca Pública Municipal, aqui em Arroio do Sal.

Rever esses primeiros registros, refletir e trazer à luz novos pensamentos, diante da nossa caminhada, na nossa prática profissional, através dos registros ali escritos, foi um momento muito oportuno, pois permitiu que eu trouxesse elementos, falas importantes ao longo do curso, e que pude entrelaçar com meu fazer pedagógico, tanto em crescimento quanto em caminho que se faz na estrada!

Stela Maris da Rosa Dias, em 06/09/10 às 17:26.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Retomando ao Começo - Eixo I

Foto: Obra abstrata, uma das primeiras da Vó Edília, nosso mais querida artista arroiossalense.


Iniciei meu caminho de volta ao começo!
Abri meu primeiro blog.

Ali tenho o início da caminhada no Pead.
Primeiros registros...
Apresentação profissional e pessoal.
Sonhos e anseios...
Dificuldades e acertos...
Reclamações e agradecimentos...
Aula inaugural...
Desconfiança e esperança!

Vi as postagens, li e reli algumas.
Lembrei todas as escritas ali registradas.
Nossa!!!
Passei tudo isso mesmo? Parece que não, parece ter sido ontem.

Relembrei tantas coisas, expus tantos sentimentos, abri minha alma.
Contei de mim, do meu fazer, dos alunos, do trabalho.

Relatei vivências, momentos importantes.
Contei muita coisa nesse espaço de tempo.
Vivi muito mais do que registrei, algo deve ter ficado de fora, afinal não damos conta de tantas lembranças...

Dá pra ser um livro tudo o que vivemos nesse espaço de oito semestres passados!

Vou começando a caminhada de leituras já feitas, para voltar a refletir o já visto, o já feito, o já dado e acabado.
Mas que pode ser refeito, se refletido com simplicidade e criticidade.

Paulo Freire traz essa fala à página 35 do livro Pedagogia da Autonomia (1996):

É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico.”

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

TEMA DO TCC

Na aula do dia 30 de agosto, após conversa com a professora orientadora Carmem, e a tutora Alda Graciela, ficou assim definido (provisoriamente) o Tema do meu TCC:

"O Papel da escola no resgate da identidade de pertencimento do aluno, inserido na atualidade em que as famílias já não estão tão presentes para para desempenhar pontualmente essa importante tarefa."

Partindo dessa temática inicialmente pensada já estou me movimentando na busca de evidências em meu trabalho realizado e material teórico que permita um bom desempenho do caminho da pesquisa a realizar.