terça-feira, 27 de outubro de 2009

LIBRAS

A Interdisciplina de LIBRAS trouxe muitas informações importantes ao longo do semestre.
Pelas leituras realizadas pude entender que para acontecer a comunicação através dessa língua é necessário a utilização de parâmetros: configuração das mãos , locação, movimentos e orientação das mãos, mais a expressão facial e corporal. Nessa combinação é que se obtém o sinal.
Outra coisa que aprendi aqui: a LIBRAS é a língua dos surdos no Brasil, eu pensava que era universal!
A LIBRAS é tão importante para o surdo em seu desenvolvimento linguístico e cognitivo pois favorece a produção escrita, apoiando a leitura e compreensão de textos.

Pelo decreto 5.625/2005 “é considerada uma pessoa surda aquela que compreende e interage com o mundo por meio da experiência visual, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da LIBRAS.”
O uso da LIBRAS é a comunicação pelas mãos, não é mímica e nem linguagem, mas uma língua natural, captada pela visão, expressão facial e pelos movimentos do corpo combinados.
Aqui através do texto, oferecido na unidade 1, compreendi que a identidade surda é somente dos surdos, mas que a comunidade surda é feita também de ouvintes, e eu sou uma parte dela, desde que tenho convívio, sou professora ou tenho vínculo com uma pessoa surda.
Essas informações foram muito importantes e reforçaram meu pensamento anterior de que é necessário que o aluno surdo tenha condições de se fazer entender e de ser entendido através da comunicação, ou seja, que tenha condições de se fazer entender pela utilização de um código que o permita manifestar-se em qualquer situação; seja no afetivo, manifestando seus sentimentos ou no cognitivo, manifestando seu conhecimento ou desconhecimento.
As atividades porpostas pela interdisciplina de leitura dos texto, vídeo e atividades foram boas propostas de trabalhar e entender um pouco mais do assunto.

Continuando Sobre PAs...

Como registrei anteriormente, o ano de 2009 foi muito fecundo para mim em termos de Projetos de Aprendizagem.
Estou bem envolvida com a proposta dos Pas em meu trabalho de professora, tanto na escola municipal em que trabalho com a educação infantil, quanto na escola estadual, com os alunos dos primeiros anos.
Na educação infantil tenho desenvolvido ao longo do ano vários PAs, que surgiram da necessidade de trabalhar alguns assuntos/temas e também através dos alunos.
Estou registrando esses projetos em nosso endereço virtual.
Clique aqui para ver.

Quero trazer uma fala que Irís Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena trazem no texto “Revisitando os Projetos de Aprendizagem em Tempos de Web 2.0”:
o trabalho com PA configura uma situação aberta, desestabilizadora, cujos caminhos e resultados não são pré-determinados e nem conhecidos de antemão pelos professores” .

Aqui está a essência do trabalho de projetos, penso eu, pois é desafiador para nós enquanto professores darmos conta de construir algumas aprendizagens mais significativas aos nossos alunos, permitindo-lhes buscar seus conhecimentos através da sua curiosidade, daquilo que querem saber. E também permitir que nossos alunos busquem aquilo que lhes interessa, e não somente levarmos até eles os conhecimentos dos conteúdos que nós vamos transmitir, apresentando-os prontos e acabados.

Esse trabalho é tanto desafiador para os alunos quanto para nós mesmos, pois também nos leva a buscar meios e instrumentos que nos possibilitem aprender junto com os alunos, enquanto eles buscam construir seu conhecimento. Sendo que os resultados também não são conhecidos por nós, também nos acrescentam aprendizagens, e muitas.

Tenho um projeto específico intitulado “Inclusão Cultural e Literária na Biblioteca Pública Municipal”, que realizo com meus pequenos da educação infantil, onde tenho como objetivo promover um encontro entre os alunos e os livros, quinzenalmente, e cada um desses aluninhos, do alto de seus quatro, cinco anos de vida! escolhem o que querem pesquisar nos impressos da biblioteca. A cada quinzena é uma festa para eles e para nós professores, irmos até esse espaço, nos envolvermos com os livros e degustarmos com muito prazer desse encontro literário.
Todos os registros das atividades e visitas realizadas estão aqui.

Hoje, terça-feira, é dia de visita à biblioteca, para o encontro com o computador e os alunos no projeto “Inclusão Digital”.

E foi um dia muito importante!
Após várias semanas desde abril quando iniciamos o trabalho, os alunos partilharam mesmo o trabalho, o computador, o jogo, a diversão!
Os computadores não são muitos e a turma foi quase completa, quinze alunos, faltando somente um deles.
Então, os computadores tem que ser utilizados por mais de um aluno.
Isso sempre foi motivo de disputa pelo PC. Aliás, era motivo.
Hoje meus pequenos se juntaram e se ajudaram mutuamente. Cada um auxiliou o outro na sua tarefa: no quebra-cabeça, na memória, nos rabiscos, na colagem das imagens, no cenário. Pelas minhas anotações, sete alunos fizeram esse exercício de partilhar as atividades, realizando-as juntos e não mais esperando a vez do outro terminar logo para usar na sua vez.
Amei esse momento, me emocionei mesmo ao relatar para minha diretora o encontro desse dia.


Seminário Integrador X PAs

Esse ano letivo de 2009 foi muito importante para mim na interdisciplina do Seminário Integrador, pois ampliou um pouco os conhecimentos da metodologia dos Projetos de Aprendizagem.
Realizamos um PA no eixo cinco, que muito me frustrou por ter ficado inconcluso. Não conseguimos comprometimento dos integrantes do grupo, não conseguimos nos reunir mais vezes e não pensamos juntas o tanto que deveríamos para construir uma aprendizagem mais significativa do processo de construção de conceitos importantes, quanto ao trabalho de projetos e quanto ao trabalho em grupo. O assunto também não produziu uma busca que nos acrescentasse muita autoria, não damos conta de aglutinar nossas ideias, integrando-as ao texto produzido enquanto grupo de aprendizagem.

No eixo seis foi proposto retomar o trabalho de PAs.
Frustrada pelo primeiro PA não ter me permitido muito entrosamento e nem acrescentado alguma coisa que possibilitasse um melhor entendimento da proposta, como meio prazeroso de trabalhar enquanto aluna, acabamos nos envolvendo em um novo PA, com nova formação de grupo.
Então passamos por várias etapas durante essa nova construção: o tema proposto foi muito discutido, a pergunta inicial foi difícil de acertar, perdemos uma colega importante no meio do semestre, Mara Braum, e o trabalho foi realizado praticamente por mim, com ajuda da Maria e da Elaine. Mesmo sem muito entrosamento entre nós, fomos levando esse PA.

Nesse sétimo semestre, enfim concluímos o texto final, onde eu mesma dei a redação ao texto. E me surpreendi com o tanto que acrescentou esse trabalho a mim, enquanto aluna e professora: partimos de um trabalho exigido pela SMEC Municipal de Arroio do Sal, que nos obrigou a realizar dois encontros de formação para os professores municipais que não estavam interessados nessa obrigação de lá estarem, ainda mais com alunas iniciantes nas tecnologias da comunicação e da informação, e ainda por cima, colegas deles mesmos!

Ao reunir todos os nossos estudos, as nossas conversas, as postagens dos colegas, enfim, refletindo nossa caminhada de trabalho, pude perceber significativas aprendizagens: nosso trabalho de formação desacomodou e desafiou alguns dos professores a confiarem em nossa fala, e a experimentarem esse trabalho com seus alunos.
O mais importante para mim foi que na escola municipal em que atuo, onde eu era a única professora que levava a minha turma de alunos do pré-escolar (4/5 anos) à Biblioteca Pública Municipal para utilização dos computadores pelos alunos no Telecentro ali oferecido, mais quatro colegas passaram a usar esse espaço público com seus alunos também.

Fiquei bem feliz com essa descoberta, que foi permitida pelo nosso PA, pois foi fruto da mostra do meu trabalho que as permitiu incluírem a si e aos seus pequenos no telecentro da Biblioteca, usando os computadores.

Aqui está o link do nosso texto final.

domingo, 25 de outubro de 2009

PROJETOS

AInterdisciplina de Didática, planejamento e avaliação nos proporcionou uma nova leitura sobre projetos através do texto: "Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares", de .....
Diz esse texto " a proposta que inspira os projetos de trabalho está vinculada à perspectiva do conhecimento globalizado, articulando os conhecimetnos escolares e organizando a atividade de ensino aprendizagem, que implica considerar que os conhecimetnos não se organizam de forma rígida nem disciplinar dos alunos".
De fato, podemos visualizar essa forma globalizada através dos trabalhos através dos projetos, tomo como exemplo uns projetos que venho desenvolvendo com meus alunos da educação infantil durante esse ano: estamos trabalhando os projetos Bandas Carnavalescas Musicais e Cuidando dos Espaços Coletivos onde estamos dando ênfase ao reaproveitamento dos recicláveis: confeccionamos chocalhos (instrumento musical utilizado pelas baterias das escolas de samba) com garrafas pet e restos de e.v.a que iriam parar na lixeira da casa e da escola. A atividade englobou os dois projetos. Também confeccionamos floreiras com as garrafas pet e embelezamos o jardim das casas dos alunos, agora vamos fzer o mesmo com o jardim da escola, dentro do projeto "Artistas de Casa" que daremos inicio no mês de novembro.
O registro dos projetos e das atividades estão aqui.

Teses sobre os PAs

Realizando a atividade de revisar o posiocionamento das colegas sobre as teses dos Pas encontrei a dificuldade da leitura das teses, pois estava incompleta e a barra não rola para puxar, ler o que está ali escrito. Então tive que revisar a colega e escrever sobre aquilo apenas visualizando a metade, algumas questões tive que voltar a minha página, pois ficava impossível anotar algo sem entendimento da tese.
Também gostaria de registrar que o posicionamento da colega, e dos outros colegas que li, estavam bem de acordo com meu posicionamento, em apenas uma das teses em que discordei a colega havia concordado. Ali resgistrei meu posicionamento contrário.
Ainda estou pensando sobre questão que eu não sei responder:
"A abordagem de um determinado assunto exige sempre uma pergunta inicial."?
Referindo-se a um novo projeto, sim, precisa haver uma pergunta inicial, mas se for uma abordagem dentro desse projeto, que apareça ali no desenrolar das buscas, penso que talvez não exija... sei lá!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

LINGUAGEM E EDUCAÇÃO

Essa interdisicplina ofereceu o texto "Tem um monstro no meio da minha história", de Taís Gurgel que me foi muito importante essa leitura.

Trata das narrativas das crianças, onde "ficção e relato de experiências vividas se combinam na narrativa infantil", cfe Maria Cecília Perroni citada no referido texto.

Tenho um aluno da pré-escola que faz suas narrativas sempre com utilização de muita ficção e isso estava me preocupando.

Estava!, pois após essa leitura, entendi atarvés dessa fala: "o faz-de-conta presente no pensamento infantil aparece na hora da conversa e as crianças tendem a emandar o real vivenciado com a imaginação, a aventura... a criança brinca com a realidade extravasando-a para experimentar outros papéis e situações", cfe Gilka Girardello (ufsc) citado no texto de Taís Gurgel.

Minha preocupação foi relatada numa reflexão da primeira visita que fizemos na Biblioteca Pública Municipal aqui em Arroio do Sal, onde realizo o projeto intitulado INCLUSÃO LITERÁRIA E CULTURAL NA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL. Está registrada nesse endereço: WORK Bem-Me-Quer.

A explicação da autora que me fez mais tranquila quanto ao assunto foi essa: "a distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da educação infantil - e sempre deve ser considerada nas conversas com os pequenos... isso se relaciona com o SINCRETISMO, uma das características mais vivas do pensamento infantil: a liberdade de associar elementos da realidade segundo os seus critérios".